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08 de maio de 2024

REGIÃO

Instrutor de musculação denuncia professor de jiu-jítsu por agressão em academia

'Não estou mais sentindo a orelha esquerda, e minha orelha direita faz um zumbido. 'Ele é faixa preta de jiu-jítsu, e eu branca; ele agiu na covardia', contou a vítima

Por Fábio Estevam
Polícia

30/05/2023 - Tempo de leitura: 2 min

JORNAL DE JUNDIAÍ

Um Boletim de Ocorrência foi registrado na Polícia Civil e o caso será investigado

Um instrutor de musculação em uma academia em Campo Limpo Paulista denunciou à Polícia Civil um professor de jiu-jitsu, da mesma academia, por agressão. O caso aconteceu na noite desta segunda-feira (29). A vítima contou ao Jornal de Jundiaí que foi cercado pelo professor e sua equipe, momento em que levou um forte tapa na orelha, após ele ter pedido que o suspeito encerrasse suas atividades do dia, já que ele tinha ordens expressas de fechar a academia às 22h. Como resultado da agressão - que foi filmada -, a vítima perdeu, pelo menos por ora, a audição do ouvido direito e apresenta sequelas também no esquerdo.

A vítima contou que a academia fecha, todos os dias, às 22h. "Recebi ordem para fechar as 22h em ponto. E o professor de jiu-jitsu estava com a equipe dele treinando neste horário. Quando eu comecei a fechar o caixa, o chamei e avisei que teria que fechar a academia. Ele respondeu de forma seca e ficou por lá", contou a vítima, de 28 anos, que continuou. "Peguei minhas coisas, me arrumei, apaguei as luzes e deixei só a luz do tatame acesa, chamando-o novamente para informar que precisaria fechar".

Neste momento, segundo ele, não só o professor, mas como também os integrantes da equipe, passaram a hostilizá-lo. "A equipe dele inteira começou a esbravejar e a gritar, perguntando quem eu estava pensando que eu era. Em seguida ele desceu junto com a equipe dele e meio que tentaram me cercar, ainda dentro da academia. Ele então começou a gritar comigo, sendo que em nenhum momento gritei com ele. Pelo contrário, expliquei apenas que estava cansado, por estar trabalhando desde às 14h, e que por isso queria fechar e ir embora".

Nesse momento a situação começou a fugir do controle. "Aí ele começou a gritar e a perguntar se eu o conhecia, e a dizer que iria me arrebentar. A equipe dele começou então a instigá-lo a vir para cima de mim. Foi quando uma moça notou que o clima começou a esquentar e passou a filmar".

Em seguida, de acordo com a vítima, veio a agressão. "Eu disse que tudo bem, que não queria confusão e virei de costas para buscar a chave e entregar a ele. Quando tentei passar pela catraca, ele deu um tapa na minha orelha. Não estou sentindo a orelha esquerda, mexo nela, mas não a sinto, e minha orelha direita faz um zumbido", falou ele, que nesta terça-feira passou por exame de corpo de delito, requisitado pela Polícia Civil. "Ele é faixa preta de jiu-jítsu, e eu branca; ele agiu na covardia".

A academia foi comunicada pela vítima sobre o caso, e de acordo com ele, tem prestado todo o apoio necessário, inclusive na questão médica.

A reportagem tentou descobrir o contato com suspeito, mas sem sucesso, de modo que, caso queira se manifestar, o espaço está aberto.