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02 de maio de 2024

DIAGNÓSTICO

Mãe teme que feridas no corpo de seu filho sejam causadas por doença rara e incurável

Luiz Gustavo Paranhos da Silva, 15, já passou por diversos exames na Santa Casa de Franca e aguarda os resultados de testes mais avançados em laboratórios fora da cidade.

Por Gabriel Garcia
da Redação

26/03/2023 - Tempo de leitura: 2 min

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Luiz Gustavo Paranhos da Silva, 15, está internado na Santa Casa de Franca

A família de Luiz Gustavo Paranhos da Silva, jovem de 15 anos de Franca, está enfrentando um momento difícil após os médicos da Santa Casa, onde ele está internado, suspeitarem que ele possa ter uma doença rara e sem cura, a Doença de Behçet. Antes, o caso era tratado como uma infecção bacteriana na boca, mas a nova suspeita tem deixado a família apreensiva.

"Um pouco melhor, porém mais preocupante. Pensar que ele pode ter isso me apavora", disse a mãe de Luiz Gustavo, Pâmela da Silva Paranhos, em relação ao novo possível diagnóstico do garoto, que sofreu com dores no Pronto-socorro Municipal "Álvaro Azzuz" até conseguir uma vaga de internação no hospital. Preocupada, ela deixou o emprego de sapateira para ficar ao lado do filho e acompanhar de perto todo o processo.

O jovem apresenta úlceras nas mucosas do corpo, principalmente na boca e garganta -dificultando muito até a ingestão de alimentos-, além de irritabilidade nos olhos. Os sintomas foram apresentados após uma gripe, quando seu sistema imunológico sofreu um ataque, deixando-o vulnerável.

A Doença de Behçet é uma enfermidade rara e pouco conhecida, cuja causa é desconhecida, mas pode ser tratada com medicamentos específicos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia, a doença é mais comum em países que se estendem da Ásia ao Mediterrâneo e, no Brasil, não há mais do que 15 mil casos por ano. O médico que levantou a suspeita para Luiz Gustavo, segundo a mãe, relata que não chegou a ver mais de cinco pacientes afetados por ela.

Luiz Gustavo já passou por diversos exames na Santa Casa de Franca e aguarda os resultados de testes mais avançados em laboratórios fora da cidade. Os médicos “mantêm o pé atrás” em relação a outros procedimentos, com medo de agravar o quadro de saúde do jovem.

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