26 de dezembro de 2024
INCLUSÃO

Walking Football é opção de esporte para público idoso

Por Luana Nascimbene |
| Tempo de leitura: 3 min
Divulgação
O walking football é uma espécie de futebol adaptado para o público idoso

O walking football é uma modalidade de futebol adaptado que chegou em Jundiaí este ano e vem aproximando e incentivando o público 60+ à prática esportiva. Uma das regras é caminhar ao invés de correr e não ter contato físico entre os jogadores, permitindo uma prática mais inclusiva para todas as pessoas, além de melhorar significativamente índices de saúde e bem-estar e contribuir para longevidade ativa dos idosos.

De acordo com o fundador e CEO da Walking Football Brasil, Ricardo Leme, a modalidade chegou oficialmente ao Brasil entre 2018 e 2019 e tem papel de inclusão do público idoso ao esporte. “O walking football é uma ferramenta de transformação social e melhora na qualidade de vida do público 60+. É uma forma de aproximar os idosos ao futebol, de uma forma segura e individualizada, trabalhando dentro dos limites de cada aluno. Hoje no Brasil, existem mais de 37 milhões de pessoas idosas e o estímulo ao exercício físico, como a prática de walking football, contribui para o bem- -estar destas pessoas, além de promover a longevidade ativa”, diz o fundador.

BENEFÍCIOS

Interação social, equilíbrio, agilidade, saúde, disposição e bem-estar físico e emocional são alguns dos inúmeros benefícios que a prática oferece. De acordo com o professor de walking football de Jundiaí, Ademir Cunha, as aulas começaram há cerca de um mês no município e já conquistaram os alunos. “Além de trabalhar a parte física, aumentando a capacidade funcional, longevidade ativa e propondo exercícios para diminuir dores e fragilidades de cada aluno, as aulas também servem para melhorar a autoestima e oferecer acolhimento aos praticantes. Queremos mostrar que todas as pessoas podem jogar futebol, independente da idade”, explica o treinador.

Sueli Rosa, de 61 anos, é uma das alunas de walking football da cidade. Além da modalidade, ela também pratica corrida de rua e musculação. “Comecei a praticar atividades físicas só depois dos 40 anos e aprendi que nunca é tarde para mudar de vida. Nunca tive contato com bola, para mim é tudo novo. Estou gostando muito, tanto a parte social quanto a parte física, as aulas são ótimas e só trazem benefícios”, conta Sueli.

Quem também faz parte das aulas é a aluna Maria Izabel Barbosa, de 75 anos, que participa das atividades junto com seu marido, Luiz Carlos, de 77. Para Maria, o principal benefício é melhorar a qualidade de vida. “É muito divertido, os professores passam vários exercícios físicos, alongamentos e atividades recreativas. Tem o cuidado individual com os alunos, tudo dentro do limite de cada um”, revela Maria.

Assim como Sueli, Maria Izabel também teve o primeiro contato com futebol durante as aulas. “Estou aprendendo muito agora, nunca tive contato com o esporte e essa está sendo uma oportunidade de conhecer e praticar pela primeira vez, aos 75 anos. Estava muito acomodada, não estava saindo muito de casa e as aulas estão ajudando a me dar motivação e disposição no dia a dia, é muito gratificante”, comemora.

Para o CEO da Walking Football Brasil, incluir, cada vez mais, os idosos nos esportes é uma vitória. “O futebol é uma paixão nacional, todo mundo tem alguma história com este esporte. Infelizmente, muitas pessoas com idade mais avançada não se sentem capazes de jogar por conta do contato físico e risco de lesões e, com as regras adaptadas, o walking football se dedica à democratização do esporte e leva o futebol para todas as pessoas”, explica Leme.

AULAS

As aulas acontecem às terças e quintas-feiras, no CECE Nilo Avelino Macedo, no bairro Jardim Esplanada, divididas em três turmas de 20 alunos cada. Os horários são às 8h, 10h15 e 14h, com os alunos sempre orientados por equipe multidisciplinar. Ainda há vagas disponíveis e os interessados devem entrar em contato através de número (11) 98230-7483, ou ir até o centro esportivo, durante o horário das aulas, e preencher a ficha de inscrição. Idosos de ambos os sexos podem participar.