CRISE DO METANOL

Bares e restaurantes registram queda de até 60% nas vendas

Por Felipe Torezim | Jornal de Jundiaí
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação
Crise do metanol prejudicou movimento em estabelecimentos e setor busca retomada
Crise do metanol prejudicou movimento em estabelecimentos e setor busca retomada

O setor de bares e restaurantes de Jundiaí enfrenta estagnação no movimento nas últimas semanas, reflexo da preocupação dos clientes após os casos de intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas registrados em todo o Brasil. Procurados pelo Jornal de Jundiaí, alguns proprietários relatam queda de até 60% nas vendas, especialmente nos estabelecimentos com forte presença de drinks no cardápio.

É o caso de Christian Gali, conhecido como Major, proprietário de um bar no Centro cujo carro-chefe são os drinks. Só no último mês o público e, consequentemente as vendas, caíram em torno de 60%. “Em um sábado normal atendíamos cerca de 300 pessoas e agora o movimento caiu muito. Apenas no último final de semana sentimos uma leve melhora. Apesar de sermos um bar novo, temos um histórico bom, com produtos de qualidade adquiridos em uma das maiores fornecedoras do mundo”, relata. 

Para enfrentar o cenário, o bar apostou na ampliação da oferta de cervejas e drinks sem álcool, alternativa que já estava no cardápio e, mesmo assim, surpreendeu positivamente. “A procura pelos drinks sem álcool cresceu muito. As pessoas querem se divertir, mas com segurança. A situação estabilizou um pouco e projetamos uma melhora daqui em diante”, disse.

                                                   

               Christian Gali lamenta queda nas vendas e aposta em cervejas e drinks sem álcool

Na Chácara Urbana, o empresário Marcio Canuzzo, proprietário de outro estabelecimento do setor, também sentiu o impacto, mesmo que de forma mais modesta. “Perdemos por volta de 15% do movimento no último mês”, afirmou.

Para tentar driblar a queda, Canuzzo explica que o estabelecimento apostou em novos produtos, mas espera que tudo se normalize o quanto antes. “Tentamos forçar mais as ações com vinhos e chope, mas não é a mesma coisa. Há anos só compro de fornecedores homologados. Isso é uma garantia tanto para o negócio quanto para o cliente”, explicou. 

Proprietária de outro bar no Anhangabaú, Monica Cintra, relata queda de cerca de 10% nas vendas, com foco nos destilados e bebidas preparadas com eles, mas acredita que a qualidade é o diferencial.  “Fizemos um comunicado nas redes sociais para tranquilizar os clientes, explicando que nossas bebidas são de boa procedência e que não há motivos para terem receio de consumir. A maioria de nossos clientes consome mais cervejas do que destilados, então apostamos em promoções de cervejas no balde, por exemplo”, explica.

Comentários

Comentários