Dois cavalos, um branco e um marrom, foram flagrados deitados em um gramado na avenida José Benassi, em Jundiaí, no último fim de semana. A cena chamou a atenção de quem passava pelo local, pois os mesmos animais já haviam sido vistos soltos em outras ocasiões na região.

O veterinário Francisco Rodrigues da Costa Vieira esclareceu que é comum os cavalos se deitarem para dormir. “Tem um ditado que o pessoal fala que o cavalo dorme em pé, mas não é verdade. Eles se deitam para dormir, faz parte do comportamento natural dos equinos”, explicou.

Apesar de ser um hábito natural, Francisco Rodrigues alerta que em alguns casos a posição pode indicar problemas de saúde. "Se um cavalo está rolando para um lado e para o outro, como se estivesse pedalando no ar, pode ser um sinal de síndrome cólica, um problema gastrointestional comum nesses animais”, afirma.

_{Veterinário Francisco Rodrigues da Costa Vieira}

Sobre os cavalos registrados na avenida, o veterinário comentou que “estão tomando um banho de sol, estão relaxando”, mas ressaltou a necessidade de que sejam encaminhados para um local seguro. 

De acordo com o site da Prefeitura de Jundiaí, o recolhimento de animais de grande porte errantes é de responsabilidade da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Obras Públicas, que pode ser acionada pelo serviço 156. O Departamento de Bem-Estar Animal (DEBEA) realiza apenas vistorias de maus-tratos e orientações aos tutores. 

Caso o animal esteja ferido ou doente, a responsabilidade pelo cuidado veterinário é do tutor, sendo o poder público acionado apenas quando o responsável não for identificado ou se recusar a prestar os cuidados necessários.

Os equinos adotados por meio da Prefeitura devem ser mantidos em propriedades rurais e não podem ser vendidos, trocados ou soltos em vias públicas. O adotante deve garantir abrigo, alimentação, água fresca e assistência veterinária sempre que necessário.

O Jornal de Jundiaí entrou em contato com a Prefeitura para obter informações sobre o funcionamento do recolhimento de animais de grande porte pelo DEBEA, a existência de vagas para recolhimento e se a cidade possui um programa de adoção, além de orientações para munícipes que se depararem com situações semelhantes. No entanto, até a publicação desta matéria, não houve retorno.