Com o aumento da temperatura e da umidade, a Vigilância em Saúde Ambiental (Visam), vinculada à Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), alerta para a necessidade de cuidados e de atenção para evitar o aparecimento de escorpiões. Jundiaí registra, neste ano, 80 acidentes, sem mortes.
No município, o escorpião amarelo (Tityus bahiensis) é o mais comum nas áreas urbanas, sendo encontrado nas galerias de águas pluviais ou de esgoto. Já o escorpião marrom (Tityus bahiensis) é predominante em áreas menos urbanizadas ou rurais, em ambientes com acúmulos de material e/ou vegetação densa.
Coordenador da Visam, o veterinário Luis Gustavo Grijota Nascimento lembra que, por serem animais peçonhentos, eles podem levar a acidentes graves e ao óbito, principalmente crianças, idosos e pessoas imunocomprometidas. “Neste período, os escorpiões tendem a sair de seus esconderijos em busca de conforto térmico e de alimentos, podendo entrar nas residências, se alojando até nos calçados. A prevenção é fundamental, porque não há veneno chancelado pelo Ministério da Saúde para controle químico desses artrópodes”, enfatiza.
A recomendação é que a população adote medidas para impedir a entrada desses animais no interior das residências, nos quintais e nas dependências dos ambientes de trabalho, além de se atentar à limpeza dos ambientes.
“É essencial eliminar as vias de acesso ao interior dos imóveis a partir da vedação de vãos de portas e janelas, de caixas de esgoto, de águas pluviais e de gordura. Também orientamos que as pessoas mantenham a organização e limpeza dos ambientes, evitando o acúmulo de entulho, restos de material de construção e lixo, ou seja, de materiais que servem de abrigos para os escorpiões e, também, para as suas presas, como as baratas e outros insetos”, ressalta o veterinário.
De maneira permanente, a Visam também monitora a população de escorpiões no município, a partir de armadilhas espalhadas pela cidade; promove ações preventivas e de controle; realiza vistorias zoosanitárias em áreas de infestação; e procede com a investigação epidemiológica de todo acidente ocorrido. O órgão também efetua o encaminhamento dos escorpiões capturados mecanicamente (com pinças) nas armadilhas para o Instituto Butantã para a seleção e produção de soro antiescorpiônico.
Ajuda
Ao ser picado por um escorpião, os sintomas iniciais mais comuns são: dor, sensação de ardência e inflamação no local. A gravidade da picada depende da espécie e da quantidade de veneno injetada, sendo que em crianças as consequências podem ser mais graves.
De imediato, deve-se procurar atendimento médico. Se a ocorrência for em crianças de até 10 anos, o atendimento ocorre no Hospital Universitário (HU), localizado na Praça da Rotatória, s/n.º, no Jardim Messina. Já os demais pacientes devem procurar o Pronto Atendimento Central do Hospital São Vicente, na rua João Lopes, 78 – Praça Dom Pedro II.
No caso de encontrar escorpião na residência, a orientação é que, sempre que possível e seguro, matar ou aprisionar o animal em um pote ou vasilha e encaminhá-lo à Visam. Em caso de recorrência, orienta-se solicitar uma vistoria pelo 156.