O endividamento em Jundiaí atingiu o nível bilionário recentemente, mais especificamente, de R$ 1.002.620.513,77. O valor é o da dívida de jundiaienses no mês de agosto, último levantamento disponível da Serasa, quando 141.457 pessoas na cidade - quase um terço da população - estavam inadimplentes, ou seja, contraíram uma dívida e estavam em atraso com o pagamento, popularmente, "nome sujo".
Como uma pessoa pode ter mais do que uma dívida, o número total de dívidas em Jundiaí, segundo o levantamento do Serasa, é de 556.476. Ou seja, cada pessoa inadimplente tem em média quase quatro dívidas. Cada dívida tem valor médio de R$ 1.801,73 e cada pessoa inadimplente deve em média R$ 7.087,81.
Em agosto, tanto o número de inadimplentes quanto o valor superaram julho, quando 141.432 pessoas em Jundiaí tinham o "nome sujo", com 550.064 dívidas. Cada dívida com valor médio de 1.809,04 e cada inadimplente com dívida média de R$ 7.035,82, totalizando o valor de R$ 995.089.790,13.
Os dados também são piores do que os do mesmo período de 2023. Em julho do ano passado, havia 137.978 pessoas inadimplentes na cidade, com 541.484 dívidas. O valor total de dívidas era de 891.693.944,77. Já em agosto de 2023, embora a quantidade de dívidas fosse similar à do mesmo mês deste ano, havia menos gente devendo. Eram 139.193 pessoas inadimplentes, com 555.392 dívidas, totalizando o valor de 995.089.790,13.
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Para se ter ideia do que o valor total de R$ 1 bilhão em dívidas representa, o montante equivale a aproximadamente 625 mil salários mínimos. O Brasil tem mais de 5,5 mil municípios e a receita orçamentária de apenas cerca de 170 cidades supera R$ 1 bilhão. Em Jundiaí, o valor corrente da receita do município neste ano, de acordo com Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), foi de 3,46 bilhões.
Ainda de acordo com o Serasa, em agosto eram 72,46 milhões de brasileiros em situação de inadimplência, com 271,8 milhões de dívidas, totalizando R$ 390,5 bilhões. O valor médio de cada dívida no país é mais baixo do que em Jundiaí, de R$ 1.437,46 e cada pessoa inadimplente deve em média R$ 5.373,46. A faixa etária dos 41 aos 60 anos representa a maior fatia da população com nome restrito no Brasil, 35,1%. Na sequência estão as faixas etárias de 26 a 40 anos (34,0%), acima de 60 anos (19,0%) e os jovens entre 18 e 25 anos (11,8%).
No Brasil, os maiores geradores de dívidas são bancos e cartões de crédito (27,98%), seguidos de contas básicas, como água, luz, gás e internet (21,7%) e financeiras (17,48%).
Para quem deseja negociar a dívida, o Serasa Limpa Nome tem opções para dívidas disponibilizadas pelas empresas parceiras. É possível negociar dívidas negativadas ou contas atrasadas (não negativadas). Dívidas vencidas há mais de 5 anos não são negativadas. Dívidas de protestos, cheques sem fundo e falências não podem ser negociadas. O valor médio de uma dívida negociada em agosto foi de cerca de R$ 700.