HISTÓRIAS DA TORCIDA

Maradona em Jundiaí? Irmão do craque quase vestiu o manto do Galo

Por Luana Nascimbene |
| Tempo de leitura: 3 min
REPRODUÇÃO/ INTERNET
Raúl 'Lalo' Maradona (à esquerda da foto) ao lado de Diego Maradona durante um amistoso
Raúl 'Lalo' Maradona (à esquerda da foto) ao lado de Diego Maradona durante um amistoso

A camisa do Paulista chegou perto de ter o nome Maradona estampado nas costas. Raúl, mais conhecido como “Lalo”, irmão do craque argentino, se reuniu com o presidente da época, Pascoal Grassioto, em 1995, conheceu as dependências do clube e bateu um papo com a torcida, mas não chegaram a um acordo para a assinatura de um contrato.

No início de 1995, quando o Paulista havia mudado o nome para Lousano Paulista, em fusão com a empresa de condutores elétricos, e Grassioto assumiu a presidência do clube, reforços de peso foram contratados com o objetivo de reerguer o time que estava na 3ª Divisão do Campeonato Paulista. Entre os nomes estavam Edu Lima (a principal contratação da época), Toninho Cerezo e o goleiro Marolla. 

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Durante a apresentação de Edu Lima para a torcida, na sala de imprensa do Jayme Cintra, o meio-campista Lalo Maradona esteve presente e conversou com parte da torcida que estava acompanhando a coletiva. A história foi detalhada pelo torcedor Mateus Ferreira, que acompanhou tudo de perto e conseguiu um autógrafo do argentino, que guarda até hoje. “Como eu era ativo da Gamor e a relação entre a organizada e o presidente era de muita amizade, sempre tive bastante contato com a diretoria da época. Eu estava na sala de imprensa durante a apresentação do Edu, ao lado do Bigode, presidente da Gamor, quando o Lalo chegou. Ele tinha sido convidado pelo Grassioto para conhecer as dependências do clube e a torcida, e também, quem sabe, assinar um contrato, o que acabou não acontecendo”, explicou o torcedor.

Na visão de Mateus, a contratação de Lalo na época seria uma ótima estratégia de marketing, mas não foi viabilizada por “detalhes”, segundo ele. “Quando o presidente e o Lalo chegaram na sala de imprensa, bati um papo com o jogador e ele foi uma pessoa extremamente atenciosa. O Grassioto o convidou para conhecer a estrutura do clube, já com a intenção de apresentar uma proposta, mas não houve acordo. Acredito que não deu certo por questões financeiras, já que o clube tinha acertado com outros nomes de peso e que com certeza não eram baratos”, contou.

DEU O QUE FALAR

Apesar de não ter registros em jornais da época e nem na internet, a presença do irmão de Diego Maradona no Jayme Cintra deu muito o que falar entre os torcedores e ficou na memória de Mateus, que chegou até a ser confundido com o jogador. “Durante a apresentação do Edu, a garotada da torcida ficou sabendo da presença do Lalo e "invadiu" a sala de imprensa. Um dos jovens perguntou para a Joana Aleixo, torcedora símbolo do Galo, onde estava o argentino e ela, sem pensar, apontou para mim e falou ‘o irmão do Maradona é aquele ali’. Como resultado dessa brincadeira, acabei dando mais de 50 autógrafos e fiz a alegria dos torcedores”, relembrou.

Apesar do sobrenome de peso, Lalo Maradona sequer chegou perto do sucesso do irmão. O argentino começou a carreira no Boca Juniors e teve passagens pelo Granada, da Espanha, além de atuar no futebol venezuelano, norte-americano e canadense. O meio-campista encerrou a carreira no Deportivo Municipal, do Peru, em 1998.

Autógrafo de Lalo Maradona ao torcedor Mateus Ferreira em 1995

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