A Copa do Mundo Feminina sub-20 terá novos testes de um possível substituto do VAR (Árbitro Assistente de Vídeo, em inglês) com novo nome e possibilidade de "desafios". A nova ferramenta se chamará FVS (Apoio de Vídeo no Futebol) e a cabine não será operada por um árbitro de vídeo, portanto, não haverá interferência e comunicação direta entre as pessoas da cabine e o árbitro de campo. 

As revisões dos lances serão feitas após os técnicos desafiarem decisões da arbitragem. Cada treinador terá um número limitado de desafios que poderá utilizar a qualquer momento para questionar o árbitro de campo. Após o técnico desafiar um lance, o juiz irá até o monitor fazer a revisão através de imagens das câmeras colocadas no estádio.

COMO VAI FUNCIONAR?

De acordo com o ex-árbitro profissional e atual comentarista esportivo da Rádio Difusora Jundiaí 810 AM, Rafael Porcari explicou em quais momentos a nova ferramenta poderá ser acionada. “O novo sistema deve contar com três a cinco câmeras, e tudo automaticamente armazenado. Se os jogadores quiserem contestar o árbitro, comunicam ao técnico que pede revisão. Serão permitidos três momentos: gol, cartão vermelho e pênalti. Cada time terá direito a dois pedidos, e se o árbitro concordar com a reclamação, ao analisar o pedido do time e alterar a sua decisão, o time continua tendo direito a dois pedidos. Se a decisão não for alterada,  o time perde uma chance do desafio e fica apenas com uma oportunidade”, detalhou o especialista.

Porcari avalia a ideia como positiva e considera o custo da ferramenta mais barato. “Eu acho uma boa ideia, mas penso: surgiria a discussão se o VS será melhor do que o VAR, e se escolherá o modelo. Como custo, sem dúvida, é bem mais barato. Não duvidarei se levarem a ideia do “desafio” do VS também para o VAR, caso ela agrade”, completou.

Este modelo de desafios já é usado em grandes ligas de outras modalidades como, por exemplo, NFL (futebol americano) e NBA (basquete). O vôlei e o tênis são outras modalidades que utilizam sistemas de desafios.