Novembro Azul

Combate ao Câncer de Próstata: para especialista do HSV, medo e preconceito não têm vez

Por Redação | Hospital São Vicente de Paulo
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Divulgação
Não existe espaço para qualquer tipo de preconceito em relação aos exames e ao toque retal”, considera o Dr. Daniel Beltrame
Não existe espaço para qualquer tipo de preconceito em relação aos exames e ao toque retal”, considera o Dr. Daniel Beltrame

“O medo e o preconceito podem resultar em sérias consequências para a sua saúde e para a sua vida”, alerta o urologista do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), Dr. Daniel Beltrame, referindo-se às atitudes que os homens devem ter com a saúde quando se trata da realização dos exames que detectam precocemente o câncer de próstata: o exame de sangue PSA (antígeno prostático específico) e, especialmente, o de toque retal. A mensagem do especialista faz referência ao dia mundial de combate à doença, lembrado nesta sexta-feira (17). 

A próstata é uma glândula localizada embaixo da bexiga que só os homens têm. Quando as células dela se multiplicam de maneira desordenada, forma-se o tumor que, apesar de ser o segundo mais comum entre os homens, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), apresenta 90% de chances de cura se diagnosticado logo no início.

“A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que os homens a partir de 50 anos de idade devem procurar o seu urologista para avaliação individualizada pelo menos uma vez ao ano. Essa avaliação deve se iniciar ainda mais cedo, aos 45 anos, se observado casos da doença em parentes de primeiro grau e em homens negros”, diz Beltrame.

Quando o assunto é prevenção, o médico destaca que o público masculino deve ter atenção em ações cotidianas, como a alimentação e demais hábitos. “Sabemos que uma dieta rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais, e com menos gordura saturada, principalmente as de origem animal, ajuda a diminuir o risco de câncer de próstata e de outras doenças crônicas, bem como diminuir o consumo de bebidas alcoólicas, controlar o peso, não fumar e praticar atividades físicas regular”, recomenda o urologista.

Para ele, há também outro fator que as complementam: o modo de pensar e agir quando a saúde está em jogo. “Os homens, durante muito tempo, acreditavam que não adoeciam, que eram mais fortes, invulneráveis e não podiam demonstrar sinais de fraqueza. Tudo isso é uma questão cultural e certamente o preconceito em relação ao toque retal atrapalhou muito esse cuidado”, reconhece. No entanto, o especialista enfatiza que ele se faz necessário para o diagnóstico completo. 

“O PSA é valioso no rastreamento do câncer de próstata, no entanto, existem casos da doença com PSA normal, por isso a importância do exame de toque retal, que é indolor e dura menos de 10 segundos”, garante. 

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