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Donas de clínica de estética clandestina são presas em Jundiaí

Donas de clínica de estética clandestina são presas em Jundiaí

No momento da incursão, uma cliente estava sendo submetida a um procedimento chamado 'Plasma Gel', o que foi interrompido pela ação policial

No momento da incursão, uma cliente estava sendo submetida a um procedimento chamado 'Plasma Gel', o que foi interrompido pela ação policial

Por Fábio Estevam | 14/11/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Polícia

Por Fábio Estevam
Polícia

14/11/2023 - Tempo de leitura: 2 min

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De acordo com a polícia, havia sangue armazenado de forma irregular

Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) prenderam nesta terça-feira (14) duas mulheres proprietárias de uma clínica de estética na região do bairro Anhangabaú, em Jundiaí, que, segundo as investigações, vinha funcionando de forma clandestina. No local, acompanhados de agentes da Vigilância Sanitária, os policiais constataram diversas irregularidades. No momento da incursão, inclusive, uma cliente estava sendo submetida a um procedimento chamado 'Plasma Gel', que consiste na retirada de sangue de suas veias, processamento em um equipamento e, em seguida, seria injetado o material em seus glúteos.

De acordo com o delegado Marcel Fehr, os policiais deram cumprimento a mandado de busca e apreensão neste consultório, após investigações preliminares que apontaram que havia anúncio em um site e redes sociais, sobre o estabelecimento, que efetuava tratamentos a laser, botox entre outros. "Foi constatado que uma das proprietárias é biomédica, mas não tem especialização e nem autorização dos órgãos de classe para realização dos procedimentos, ao passo que a outra sequer tem formação que a habilite atuar nesse segmento", comentou Fehr.

No momento da incursão uma paciente estava sendo submetida a 'plasma gel' e disse que pagaria R$ 1 mil, mas isso não se concretizou em razão da ação policial.

Foram encontrados diversos produtos vencidos, além de anestésicos cuja utilização é proibida no Brasil. "Fiscais da Vigilância Sanitária que acompanharam as diligências afirmaram que a clínica não possui alvará de funcionamento e diversas irregularidades foram constatadas, dentre elas falta de autorização para uso de equipamentos e até mesmo armazenamento irregular de sangue e substâncias oriundas dos procedimentos estéticos, pois não havia local para descarte adequado", salientou o delegado.

O equipamento de higienização dos instrumentais, denominado autoclave, também estava fora dos padrões exigidos. "E os instrumentos ainda por serem higienizados estavam acondicionados na mesma gaveta que os supostamente já limpos".

Foram apreendidos telefones celulares, notebook e documentos diversos, para continuidade das investigações - a perícia técnica foi requisitada para o local.

Ainda de acordo com Fehr, "a Vigilância Sanitária procederá com as autuações cabíveis, podendo ocorrer lacração do estabelecimento. Os policiais encontraram dezenas de frascos e seringas vazias, o que demonstra que a quantidade de clientes da clínica era elevada. Não há, até o momento, notícia de que pessoas tenham sofrido lesão em decorrência da atuação das donas da clínica, que têm 34 e 25 anos de idade, e sem antecedentes criminais".

As duas foram autuadas em flagrante delito por crime contra a saúde pública, previsto no art. 273 do Código Penal, cuja pena é de 10 a 15 anos de reclusão, estando no rol dos crimes hediondos. Elas foram encaminhadas à Cadeia Pública de Itupeva e, nesta quarta-feira (15), serão submetidas a audiência de custódia. "Prosseguem investigações para apurar envolvimento de outras pessoas e até mesmo verificar se pode ocorrer caracterização de outros crimes", concluiu Marcel Fehr.

Policiais da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) prenderam nesta terça-feira (14) duas mulheres proprietárias de uma clínica de estética na região do bairro Anhangabaú, em Jundiaí, que, segundo as investigações, vinha funcionando de forma clandestina. No local, acompanhados de agentes da Vigilância Sanitária, os policiais constataram diversas irregularidades. No momento da incursão, inclusive, uma cliente estava sendo submetida a um procedimento chamado 'Plasma Gel', que consiste na retirada de sangue de suas veias, processamento em um equipamento e, em seguida, seria injetado o material em seus glúteos.

De acordo com o delegado Marcel Fehr, os policiais deram cumprimento a mandado de busca e apreensão neste consultório, após investigações preliminares que apontaram que havia anúncio em um site e redes sociais, sobre o estabelecimento, que efetuava tratamentos a laser, botox entre outros. "Foi constatado que uma das proprietárias é biomédica, mas não tem especialização e nem autorização dos órgãos de classe para realização dos procedimentos, ao passo que a outra sequer tem formação que a habilite atuar nesse segmento", comentou Fehr.

No momento da incursão uma paciente estava sendo submetida a 'plasma gel' e disse que pagaria R$ 1 mil, mas isso não se concretizou em razão da ação policial.

Foram encontrados diversos produtos vencidos, além de anestésicos cuja utilização é proibida no Brasil. "Fiscais da Vigilância Sanitária que acompanharam as diligências afirmaram que a clínica não possui alvará de funcionamento e diversas irregularidades foram constatadas, dentre elas falta de autorização para uso de equipamentos e até mesmo armazenamento irregular de sangue e substâncias oriundas dos procedimentos estéticos, pois não havia local para descarte adequado", salientou o delegado.

O equipamento de higienização dos instrumentais, denominado autoclave, também estava fora dos padrões exigidos. "E os instrumentos ainda por serem higienizados estavam acondicionados na mesma gaveta que os supostamente já limpos".

Foram apreendidos telefones celulares, notebook e documentos diversos, para continuidade das investigações - a perícia técnica foi requisitada para o local.

Ainda de acordo com Fehr, "a Vigilância Sanitária procederá com as autuações cabíveis, podendo ocorrer lacração do estabelecimento. Os policiais encontraram dezenas de frascos e seringas vazias, o que demonstra que a quantidade de clientes da clínica era elevada. Não há, até o momento, notícia de que pessoas tenham sofrido lesão em decorrência da atuação das donas da clínica, que têm 34 e 25 anos de idade, e sem antecedentes criminais".

As duas foram autuadas em flagrante delito por crime contra a saúde pública, previsto no art. 273 do Código Penal, cuja pena é de 10 a 15 anos de reclusão, estando no rol dos crimes hediondos. Elas foram encaminhadas à Cadeia Pública de Itupeva e, nesta quarta-feira (15), serão submetidas a audiência de custódia. "Prosseguem investigações para apurar envolvimento de outras pessoas e até mesmo verificar se pode ocorrer caracterização de outros crimes", concluiu Marcel Fehr.

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