PÓS-FINADOS

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Conservação do Desterro gera reclamações

Conservação do Desterro gera reclamações

O cemitério localizado no Centro é o mais antigo da cidade e, em cerca de 10 mil sepulturas, guarda memórias do município

O cemitério localizado no Centro é o mais antigo da cidade e, em cerca de 10 mil sepulturas, guarda memórias do município

Por Nathália Sousa | 10/11/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Por Nathália Sousa


10/11/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Arquivo JJ

Usuários reclamam da conservação do Cemitério Nossa Senhora do Desterro e dos jazigos deteriorados

Após o feriado de Finados, com o fluxo maior de visitas aos cemitérios, as reclamações de usuários aumentam, sobretudo ao Cemitério Nossa Senhora do Desterro, do Centro. O Desterro tem cerca de 10 mil sepulturas e é o mais antigo do município. Justamente por isso, guarda muitas memórias de Jundiaí. Quem esteve no cemitério, porém, reclama que a conservação do espaço e das sepulturas não é das melhores.

Após visitar o Desterro no dia de Finados, Fernando Anzolin reclama da conservação do local. "Eu, com meus 58 anos de Jundiaí, fiquei horrorizado ao ver o descaso com o cemitério central da minha cidade. As calçadas do entorno estavam intransitáveis e lá dentro as ruas estavam iguais, túmulos abandonados, desmoronando. Será que ninguém vê isso? Me senti um ninguém, pois não cuidam de um cemitério central, que é um patrimônio da cidade", lamenta.

FURTOS

Em visita ao jazigo da família, Ana Maria Tonelli se deparou com a falta de objetos, que foram subtraídos. "A equipe que cuida do cemitério nos orienta a registrar boletim de ocorrência. Havia acontecido isso uma outra vez, mas não registrei BO. Agora, tirei fotos e, como é túmulo do meu pai e da família da minha mãe, vou registrar. Furtaram os puxadores, placa e temos que pensar agora em fazer plaquinhas de plástico. Também acho que tem as pessoas que trabalham em ferro-velho, se for uma pessoa séria, não vai comprar esses objetos", desabafa.

Já sobre a conservação, Ana percebe que há uma mudança geracional em relação ao cuidado de cemitérios, mas deve haver cobrança do Poder Público para que isso ocorra. "Há um tempo, minha mãe ficou brava, porque tinha uma árvore na frente do jazigo da família que fazia uma sombra maravilhosa, mas estava quebrando a calçada. Tiraram a árvore e refizeram a calçada, mas ela lamenta que o jazigo não tenha mais sombra. E hoje percebo que tem muito jazigo antigo que talvez não tenha mais visitas de familiares, estão abandonados. Acho que a minha geração mesmo não tem mais tanto costume de visitar jazigo, então fica sem cuidado."

CONSERVAÇÃO

A Fundação Municipal de Ação Social (Fumas) informa que, em relação às sepulturas em estado de abandono ou ruínas no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, a manutenção é por responsabilidade do concessionário (família que detém o direito da sepultura), tanto a conservação física quanto a limpeza. Caso não seja realizada a devida reforma dessas sepulturas, elas poderão ser extintas e, neste caso, voltam para responsabilidade do poder público, que pode conceder a outras pessoas, dentro do amparo legal da lei.

Sobre a conservação do espaço, equipes trabalham dentro do Cemitério Nossa Senhora do Desterro fazendo a zeladoria e, antes do feriado de Finados, o quadro foi reforçado. O Cemitério não cobra nenhuma taxa de conservação e zeladoria das famílias.

Em relação à revitalização do Desterro, a Fumas informa que há projeto em fase de estudos. O órgão informa que executou revitalização recente no Cemitério Nossa Senhora do Montenegro e no Velório Adamastor Fernandes.

Já em relação à segurança, a Fumas informa que as rondas realizadas pela Guarda Municipal e Polícia Militar vêm sendo intensificadas no entorno dos cemitérios de Jundiaí, com o objetivo de inibir as tentativas de furtos e vandalismos. Contudo, é essencial que os concessionários registrem o boletim de ocorrência.

Após a prisão em flagrante, no ano passado, de um homem com objetos de túmulos no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, o órgão informa que não recebeu mais queixa de furtos nos dois cemitérios. A vigilância interna também foi reforçada em ambos os cemitérios públicos de Jundiaí.

Após o feriado de Finados, com o fluxo maior de visitas aos cemitérios, as reclamações de usuários aumentam, sobretudo ao Cemitério Nossa Senhora do Desterro, do Centro. O Desterro tem cerca de 10 mil sepulturas e é o mais antigo do município. Justamente por isso, guarda muitas memórias de Jundiaí. Quem esteve no cemitério, porém, reclama que a conservação do espaço e das sepulturas não é das melhores.

Após visitar o Desterro no dia de Finados, Fernando Anzolin reclama da conservação do local. "Eu, com meus 58 anos de Jundiaí, fiquei horrorizado ao ver o descaso com o cemitério central da minha cidade. As calçadas do entorno estavam intransitáveis e lá dentro as ruas estavam iguais, túmulos abandonados, desmoronando. Será que ninguém vê isso? Me senti um ninguém, pois não cuidam de um cemitério central, que é um patrimônio da cidade", lamenta.

FURTOS

Em visita ao jazigo da família, Ana Maria Tonelli se deparou com a falta de objetos, que foram subtraídos. "A equipe que cuida do cemitério nos orienta a registrar boletim de ocorrência. Havia acontecido isso uma outra vez, mas não registrei BO. Agora, tirei fotos e, como é túmulo do meu pai e da família da minha mãe, vou registrar. Furtaram os puxadores, placa e temos que pensar agora em fazer plaquinhas de plástico. Também acho que tem as pessoas que trabalham em ferro-velho, se for uma pessoa séria, não vai comprar esses objetos", desabafa.

Já sobre a conservação, Ana percebe que há uma mudança geracional em relação ao cuidado de cemitérios, mas deve haver cobrança do Poder Público para que isso ocorra. "Há um tempo, minha mãe ficou brava, porque tinha uma árvore na frente do jazigo da família que fazia uma sombra maravilhosa, mas estava quebrando a calçada. Tiraram a árvore e refizeram a calçada, mas ela lamenta que o jazigo não tenha mais sombra. E hoje percebo que tem muito jazigo antigo que talvez não tenha mais visitas de familiares, estão abandonados. Acho que a minha geração mesmo não tem mais tanto costume de visitar jazigo, então fica sem cuidado."

CONSERVAÇÃO

A Fundação Municipal de Ação Social (Fumas) informa que, em relação às sepulturas em estado de abandono ou ruínas no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, a manutenção é por responsabilidade do concessionário (família que detém o direito da sepultura), tanto a conservação física quanto a limpeza. Caso não seja realizada a devida reforma dessas sepulturas, elas poderão ser extintas e, neste caso, voltam para responsabilidade do poder público, que pode conceder a outras pessoas, dentro do amparo legal da lei.

Sobre a conservação do espaço, equipes trabalham dentro do Cemitério Nossa Senhora do Desterro fazendo a zeladoria e, antes do feriado de Finados, o quadro foi reforçado. O Cemitério não cobra nenhuma taxa de conservação e zeladoria das famílias.

Em relação à revitalização do Desterro, a Fumas informa que há projeto em fase de estudos. O órgão informa que executou revitalização recente no Cemitério Nossa Senhora do Montenegro e no Velório Adamastor Fernandes.

Já em relação à segurança, a Fumas informa que as rondas realizadas pela Guarda Municipal e Polícia Militar vêm sendo intensificadas no entorno dos cemitérios de Jundiaí, com o objetivo de inibir as tentativas de furtos e vandalismos. Contudo, é essencial que os concessionários registrem o boletim de ocorrência.

Após a prisão em flagrante, no ano passado, de um homem com objetos de túmulos no Cemitério Nossa Senhora do Desterro, o órgão informa que não recebeu mais queixa de furtos nos dois cemitérios. A vigilância interna também foi reforçada em ambos os cemitérios públicos de Jundiaí.

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