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RESILIÊNCIA
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Mães relatam desafios de conciliar maternidade e carreira
Mães relatam desafios de conciliar maternidade e carreira
Nesse cenário, um dos sentimentos que as mães enfrentam é a culpa, que muitas vezes desempenha um papel negativo em suas vidas
Nesse cenário, um dos sentimentos que as mães enfrentam é a culpa, que muitas vezes desempenha um papel negativo em suas vidas
Por Rafaela Silva Ferreira | 29/10/2023 | Tempo de leitura: 4 min
Jornal de Jundiaí
Por Rafaela Silva Ferreira
Jornal de Jundiaí
29/10/2023 - Tempo de leitura: 4 min
Arquivo pessoal

Nos últimos anos, é notável um aumento no número de mulheres que desafiam os estereótipos convencionais e buscam equilibrar a criação de seus filhos com suas carreiras profissionais, que muitas vezes incluem viagens a trabalho. Essas mães têm demonstrado uma incrível determinação e resiliência, provando que é possível alcançar o equilíbrio entre a maternidade e uma carreira bem-sucedida.
Maria Carolina Gracias Dio Silva, 39 anos e coordenadora de qualidade, conta que, durante as viagens a trabalho, equilibra sua vida profissional e a criação de seus filhos, Felipe Dio Silva, de 5 anos, e Giovana Dio Silva, de 2 anos, com amor e coragem. “Mas, na prática, eu não equilibro sozinha. Divido isso com a minha rede de apoio, formada por meu marido, as avós e as tias das crianças, eventualmente. Minha família é minha prioridade, então busco garantir que estão bem em uma rotina bem estabelecida e adequada às necessidades deles. Cuido de tudo com detalhe antes de viajar.”
Segundo a coordenadora, enquanto está no trabalho e especialmente nas viagens, ela procura se planejar para alcançar a máxima de produtividade, assim desempenhando bem os seus serviços. “Ocupo todas as horas do dia e da noite. Considero um bom ‘refúgio emocional’, pois não tenho muito tempo para ficar pensando ou até lamentando a distância dos meus filhos.”
Nesse cenário, um dos sentimentos mais intrincados e persistentes que essas mães enfrentam é a culpa. A culpa, muitas vezes silenciosa e invisível, traz peso à vida das mães que buscam realizar seus sonhos profissionais.
“Busco sentir culpa de forma moderada, pois, de fato, é ‘o possível’ de ser feito no momento. Eu respeito muito a questão de sermos um ser integral; então, com tantos anos na mesma empresa (19 anos), sei que a gestão acolhe minha família e minha família compreende meu trabalho.”
Nesses casos, o apoio da família, amigos e colegas de trabalho pode ser fundamental. Ter um sistema de amparo que compreenda e valorize as escolhas profissionais pode aliviar parte do fardo emocional. “Continuo sendo protagonista das minhas responsabilidades familiares mesmo não estando perto fisicamente durante os meus períodos de viagem. Às vezes, o mais desafiador é a saudade e a ausência física na rotina do dia a dia. Conversar por telefone não substitui a conversa na mesa do jantar, a oração antes de dormir, as necessidades de aconchego no meio da noite e especialmente o abraço e o beijo de bom dia. No entanto, Deus, coragem e amor me sustentam todos os dias”, evidencia Maria Carolina.
Quanto ao impacto positivo que a coordenadora acredita que essa experiência causa em sua família e no desenvolvimento de seus filhos, ela cita: “Autonomia nas atividades da rotina e autonomia emocional, pois estar presente não é fazer por eles. Então, estando ou não em casa, os estimulo a fazer algumas atividades sozinhos para aprenderem que eles também podem sem mim. Também penso no exemplo que estou dando a eles, quanto ao ‘buscar o sucesso de carreira’. O exemplo principal é ser feliz com as coisas que a gente ama. Para isso, reforço que trabalhar deve ser ligado ao propósito de vida. Mas também deixo claro que ser mãe é minha virtude especial e minha melhor versão.”
Já a secretária Valdevania de Matos Pereira, 37 anos, concilia a rotina de uma clínica médica com a rotina de seu filho, Miguel, de 8 anos.
“O equilíbrio do meu trabalho com a criação do meu filho é bem corrido. Tenho que ganhar tempo ao chegar em casa e dar atenção necessária para o Miguel. Mas não só nos estudos, também nos passeios para curtir a infância.”
Para Valdevania, o sentimento de culpa por não estar presente realmente existe, mas ter um sistema de apoio que compreenda e valorize suas escolhas pode aliviar parte do fardo emocional. “Tenho que sair cedo de casa e deixar ele. A preocupação existe a todo momento, pois temos que ir trabalhar para dar o melhor para nossos filhos. No entanto, acredito que esse impacto de ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo é algo incrível, já que temos uma grande responsabilidade e eles crescerão sabendo o valor de uma mãe. O valor de ser uma guerreira, vencedora e trabalhadora, que nunca deixou faltar nada para eles. Somos um espelho para nossos filhos”, finaliza.
Maria Carolina é mãe de Felipe Dio Silva, de 5 anos, e Giovana Dio Silva, de 2 anos
Nos últimos anos, é notável um aumento no número de mulheres que desafiam os estereótipos convencionais e buscam equilibrar a criação de seus filhos com suas carreiras profissionais, que muitas vezes incluem viagens a trabalho. Essas mães têm demonstrado uma incrível determinação e resiliência, provando que é possível alcançar o equilíbrio entre a maternidade e uma carreira bem-sucedida.
Maria Carolina Gracias Dio Silva, 39 anos e coordenadora de qualidade, conta que, durante as viagens a trabalho, equilibra sua vida profissional e a criação de seus filhos, Felipe Dio Silva, de 5 anos, e Giovana Dio Silva, de 2 anos, com amor e coragem. “Mas, na prática, eu não equilibro sozinha. Divido isso com a minha rede de apoio, formada por meu marido, as avós e as tias das crianças, eventualmente. Minha família é minha prioridade, então busco garantir que estão bem em uma rotina bem estabelecida e adequada às necessidades deles. Cuido de tudo com detalhe antes de viajar.”
Segundo a coordenadora, enquanto está no trabalho e especialmente nas viagens, ela procura se planejar para alcançar a máxima de produtividade, assim desempenhando bem os seus serviços. “Ocupo todas as horas do dia e da noite. Considero um bom ‘refúgio emocional’, pois não tenho muito tempo para ficar pensando ou até lamentando a distância dos meus filhos.”
Nesse cenário, um dos sentimentos mais intrincados e persistentes que essas mães enfrentam é a culpa. A culpa, muitas vezes silenciosa e invisível, traz peso à vida das mães que buscam realizar seus sonhos profissionais.
“Busco sentir culpa de forma moderada, pois, de fato, é ‘o possível’ de ser feito no momento. Eu respeito muito a questão de sermos um ser integral; então, com tantos anos na mesma empresa (19 anos), sei que a gestão acolhe minha família e minha família compreende meu trabalho.”
Nesses casos, o apoio da família, amigos e colegas de trabalho pode ser fundamental. Ter um sistema de amparo que compreenda e valorize as escolhas profissionais pode aliviar parte do fardo emocional. “Continuo sendo protagonista das minhas responsabilidades familiares mesmo não estando perto fisicamente durante os meus períodos de viagem. Às vezes, o mais desafiador é a saudade e a ausência física na rotina do dia a dia. Conversar por telefone não substitui a conversa na mesa do jantar, a oração antes de dormir, as necessidades de aconchego no meio da noite e especialmente o abraço e o beijo de bom dia. No entanto, Deus, coragem e amor me sustentam todos os dias”, evidencia Maria Carolina.
Quanto ao impacto positivo que a coordenadora acredita que essa experiência causa em sua família e no desenvolvimento de seus filhos, ela cita: “Autonomia nas atividades da rotina e autonomia emocional, pois estar presente não é fazer por eles. Então, estando ou não em casa, os estimulo a fazer algumas atividades sozinhos para aprenderem que eles também podem sem mim. Também penso no exemplo que estou dando a eles, quanto ao ‘buscar o sucesso de carreira’. O exemplo principal é ser feliz com as coisas que a gente ama. Para isso, reforço que trabalhar deve ser ligado ao propósito de vida. Mas também deixo claro que ser mãe é minha virtude especial e minha melhor versão.”
Já a secretária Valdevania de Matos Pereira, 37 anos, concilia a rotina de uma clínica médica com a rotina de seu filho, Miguel, de 8 anos.
“O equilíbrio do meu trabalho com a criação do meu filho é bem corrido. Tenho que ganhar tempo ao chegar em casa e dar atenção necessária para o Miguel. Mas não só nos estudos, também nos passeios para curtir a infância.”
Para Valdevania, o sentimento de culpa por não estar presente realmente existe, mas ter um sistema de apoio que compreenda e valorize suas escolhas pode aliviar parte do fardo emocional. “Tenho que sair cedo de casa e deixar ele. A preocupação existe a todo momento, pois temos que ir trabalhar para dar o melhor para nossos filhos. No entanto, acredito que esse impacto de ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo é algo incrível, já que temos uma grande responsabilidade e eles crescerão sabendo o valor de uma mãe. O valor de ser uma guerreira, vencedora e trabalhadora, que nunca deixou faltar nada para eles. Somos um espelho para nossos filhos”, finaliza.
Maria Carolina é mãe de Felipe Dio Silva, de 5 anos, e Giovana Dio Silva, de 2 anos
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