PÓS-PANDEMIA

PÓS-PANDEMIA

Número de crianças na educação inclusiva aumenta 90%

Número de crianças na educação inclusiva aumenta 90%

Desde 2020, o número de crianças com algum tipo de necessidade que exige acompanhamento complementar na escola subiu

Desde 2020, o número de crianças com algum tipo de necessidade que exige acompanhamento complementar na escola subiu

Por Nathália Sousa | 15/09/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Por Nathália Sousa


15/09/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Divulgação

A educação inclusiva em Jundiaí teve 90% de aumento na demanda

Desde 2020, muitas mudanças aconteceram na sociedade para além da pandemia. Uma delas, muito significativa, foi o aumento de 90% no número de crianças acompanhadas pela educação inclusiva em Jundiaí. Essas crianças recebem suporte adicional nas escolas, a fim de terem o desenvolvimento assegurado. Dentro deste montante, há destaque para o número de crianças matriculadas na rede municipal de ensino que têm transtorno do espectro autista (TEA). Hoje, mais da metade das crianças na educação inclusiva tem laudo de TEA.

De acordo com dados da Unidade de Gestão de Educação (UGE) de Jundiaí, a educação inclusive abrange estudantes da rede municipal com algum tipo de deficiência e com laudo de TEA (podendo possuir também algum tipo de deficiência). Em 2020, no primeiro ano da pandemia, havia 735 estudantes na educação inclusiva, desses, 191 com TEA. No ano seguinte, o número subiu para 755, 233 deles com TEA. Já em 2022, quando houve retomada maior das aulas, eram 970 estudantes na educação inclusiva, 555 com TEA. Neste ano, o número subiu para 1,2 mil, sendo 800 com TEA.

Além disso, há outros 200 alunos em processo de avaliação, hipótese diagnóstica e processo de estimulação precoce. Ou seja, atualmente, 1,4 mil alunos na rede municipal de Jundiaí estão na educação inclusiva. De 2020 para cá, o aumento de atendimento foi de 90,4%. Já o incremento de crianças com TEA na rede municipal de ensino foi de 318,8% no período.

DEMANDA

Para atender essa demanda, houve aumento de 129% no quantitativo de profissionais de apoio na rede, saltando de 176 em 2020 (pouco mais de um a cada quatro alunos) para 403 em 2023 (pouco menos de um a cada três alunos). Em 2022 eram 344 (mais de um a cada três alunos) e 206 em 2021 (quase um a cada três alunos). A rede municipal conta ainda com 40 professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que auxiliam também neste movimento da conquista da autonomia e na quebra de barreiras para facilitar as aprendizagens das crianças.

Para a UGE, há alguns fatores envolvem o aumento expressivo no número de crianças acompanhadas na educação inclusiva em Jundiaí. São eles: o contingente ser, em maioria, de crianças vindas da rede particular, em vista da recomendação de especialistas e terapeutas indicando a rede pública municipal como referência, desde a Educação Infantil I; os impactos financeiros da pandemia nas famílias; e a busca por diagnóstico precoce.

A antecipação do diagnóstico favorece a janela de oportunidades, com intervenções pontuais de acordo com as particularidades das crianças. A UGE destaca ainda que busca a autonomia da criança, especialmente para as atividades de vida diária, e a possibilidade de convivência com todo o grupo escolar é um dos grandes objetivos da educação inclusiva.

TEA

No Brasil, não há dados recentes sobre o número de pessoas com transtorno do espectro autista. Dados do Censo Escolar do Brasil apontam aumento de 280% no número de estudantes com TEA matriculados em escolas públicas e particulares apenas no período entre 2017 e 2021. Segundo a OMS, há cerca de dois milhões de autistas no Brasil. E de acordo com o Centro de Controle de Prevenção e Doenças (CDC), órgão do Estados Unidos, há no país uma pessoa com TEA a cada 36 habitantes. Na realidade brasileira, este número seria o equivalente a 6 milhões de pessoas com TEA.

No início do mês, aconteceu em Jundiaí o 1º Encontro Internacional de Educação Inclusiva, com o tema "Transtorno do Espectro Autista (TEA): direitos, necessidades e construção de autonomia para planejar o futuro". O objetivo foi debater o mundo que será construído para as crianças e a educação no TEA. Para além do debate teórico, o fato é que o número de disgnósticos de autismo vem crescendo e as políticas voltadas a essa população precisam acompanhar o contingente.

Desde 2020, muitas mudanças aconteceram na sociedade para além da pandemia. Uma delas, muito significativa, foi o aumento de 90% no número de crianças acompanhadas pela educação inclusiva em Jundiaí. Essas crianças recebem suporte adicional nas escolas, a fim de terem o desenvolvimento assegurado. Dentro deste montante, há destaque para o número de crianças matriculadas na rede municipal de ensino que têm transtorno do espectro autista (TEA). Hoje, mais da metade das crianças na educação inclusiva tem laudo de TEA.

De acordo com dados da Unidade de Gestão de Educação (UGE) de Jundiaí, a educação inclusive abrange estudantes da rede municipal com algum tipo de deficiência e com laudo de TEA (podendo possuir também algum tipo de deficiência). Em 2020, no primeiro ano da pandemia, havia 735 estudantes na educação inclusiva, desses, 191 com TEA. No ano seguinte, o número subiu para 755, 233 deles com TEA. Já em 2022, quando houve retomada maior das aulas, eram 970 estudantes na educação inclusiva, 555 com TEA. Neste ano, o número subiu para 1,2 mil, sendo 800 com TEA.

Além disso, há outros 200 alunos em processo de avaliação, hipótese diagnóstica e processo de estimulação precoce. Ou seja, atualmente, 1,4 mil alunos na rede municipal de Jundiaí estão na educação inclusiva. De 2020 para cá, o aumento de atendimento foi de 90,4%. Já o incremento de crianças com TEA na rede municipal de ensino foi de 318,8% no período.

DEMANDA

Para atender essa demanda, houve aumento de 129% no quantitativo de profissionais de apoio na rede, saltando de 176 em 2020 (pouco mais de um a cada quatro alunos) para 403 em 2023 (pouco menos de um a cada três alunos). Em 2022 eram 344 (mais de um a cada três alunos) e 206 em 2021 (quase um a cada três alunos). A rede municipal conta ainda com 40 professores de Atendimento Educacional Especializado (AEE), que auxiliam também neste movimento da conquista da autonomia e na quebra de barreiras para facilitar as aprendizagens das crianças.

Para a UGE, há alguns fatores envolvem o aumento expressivo no número de crianças acompanhadas na educação inclusiva em Jundiaí. São eles: o contingente ser, em maioria, de crianças vindas da rede particular, em vista da recomendação de especialistas e terapeutas indicando a rede pública municipal como referência, desde a Educação Infantil I; os impactos financeiros da pandemia nas famílias; e a busca por diagnóstico precoce.

A antecipação do diagnóstico favorece a janela de oportunidades, com intervenções pontuais de acordo com as particularidades das crianças. A UGE destaca ainda que busca a autonomia da criança, especialmente para as atividades de vida diária, e a possibilidade de convivência com todo o grupo escolar é um dos grandes objetivos da educação inclusiva.

TEA

No Brasil, não há dados recentes sobre o número de pessoas com transtorno do espectro autista. Dados do Censo Escolar do Brasil apontam aumento de 280% no número de estudantes com TEA matriculados em escolas públicas e particulares apenas no período entre 2017 e 2021. Segundo a OMS, há cerca de dois milhões de autistas no Brasil. E de acordo com o Centro de Controle de Prevenção e Doenças (CDC), órgão do Estados Unidos, há no país uma pessoa com TEA a cada 36 habitantes. Na realidade brasileira, este número seria o equivalente a 6 milhões de pessoas com TEA.

No início do mês, aconteceu em Jundiaí o 1º Encontro Internacional de Educação Inclusiva, com o tema "Transtorno do Espectro Autista (TEA): direitos, necessidades e construção de autonomia para planejar o futuro". O objetivo foi debater o mundo que será construído para as crianças e a educação no TEA. Para além do debate teórico, o fato é que o número de disgnósticos de autismo vem crescendo e as políticas voltadas a essa população precisam acompanhar o contingente.

COMENTÁRIOS

A responsabilidade pelos comentários é exclusiva dos respectivos autores. Por isso, os leitores e usuários desse canal encontram-se sujeitos às condições de uso do portal de internet do Portal SAMPI e se comprometem a respeitar o código de Conduta On-line do SAMPI.

Ainda não é assinante?

Clique aqui para fazer a assinatura e liberar os comentários no site.