BAIRRO VIOLENTO

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Morre idosa assaltada e agredida na Ponte São João, após 37 dias internada

Morre idosa assaltada e agredida na Ponte São João, após 37 dias internada

A idosa, que tinha 65 anos, foi assaltada quando chegava em casa e lutou para impedir o roubo dos R$ 70 de seu pagamento como diarista

A idosa, que tinha 65 anos, foi assaltada quando chegava em casa e lutou para impedir o roubo dos R$ 70 de seu pagamento como diarista

Por Fábio Estevam | 08/09/2023 | Tempo de leitura: 2 min
Polícia

Por Fábio Estevam
Polícia

08/09/2023 - Tempo de leitura: 2 min

DIVULGAÇÃO

O braço da dona Vânia ficou bastante machucado por conta das agressões

Uma idosa da 65 anos morreu na manhã desta quinta-feira (7), no hospital São Vicente, em Jundiaí, após 37 dias de internação, por conta de ferimentos sofridos durante um assalto na porta de sua casa, no bairro Ponte São João, em julho. O crime foi cometido por uma mulher, moradora de rua, que fugiu em seguida sem conseguir levar os R$ 70 da diária de serviço da vítima, que ela havia conseguido trabalhando como diarista na casa de uma escritora. O Jornal de Jundiaí teve acesso a um áudio gravado por ela, no dia do crime, em que ela conta sobre o roubo e, emocionada, lamenta a situação de criminalidade em que está o bairro onde mora.

No dia 13 de julho deste ano dona Vânia Magali Molero, de 65 anos, chegava em sua casa por volta das 13h, retornando do trabalho, na casa de uma advogada, no bairro Jardim Bonfiglioli, onde atuava como diarista uma vez por semana há 15 anos - ela também trabalhava duas vezes por semana na casa de um advogado há mais de 30 anos. Ao abrir o portão, Vânia foi abordada por uma mulher, que anunciou o assalto e tentou tomar a bolsa de suas mãos. Em áudio obtido pela reportagem, gravado na época pela própria vítima, com dificuldades ela conta sobre o roubo. "Moro aqui no final da rua Lima, em uma travessa sem saída. Acabei de chegar do serviço e veio uma nóia (usuária de drogas) para me roubar R$ 70 e ainda fez todo esse machucado em mim. Me empurrou e me agrediu. Tive que começar a gritar enquanto tentava segurá-la. Eu estava voltando do trabalho. A mulher fugiu mas meu dinheiro foi salvo", relatou ela.

No mesmo áudio ela lamenta a violência na Ponte. "Meu dinheiro foi salvo, mas o sentimento de morar aqui há mais de 60 anos e ser agredida por uma nóia dessa forma me entristece muito".

A morte de dona Vânia ocorreu por volta das 11h30 desta quinta e, segundo a irmã, por causa da diabetes, agravada por causa do ferimentos sofridos no assalto. "Por conta de ela ter diabete e ficar ferida, precisou ser internada por 37 dias. Infeccionou. E por causa disso ela teve outros problemas e não resistiu", lamentou ela, completando. "Ponte São João está terrível, ainda mais onde moramos (na área da cracolândia), a caminho dos pontos de drogas. Só Deus para ter misericórdia. Veja minha irmã, 65 anos e hoje foi sepultada".

Uma moradora do bairro, colega da vítima e que preferiu não se identificar, comentou: "era certo que algo assim iria acontecer aqui na Ponte, estava sendo anunciado. Essa é a nossa condição e tudo só piora".

Dona Vânia Magali Molero foi sepultada na manhã desta sexta-feira no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Várzea Paulista.

Uma idosa da 65 anos morreu na manhã desta quinta-feira (7), no hospital São Vicente, em Jundiaí, após 37 dias de internação, por conta de ferimentos sofridos durante um assalto na porta de sua casa, no bairro Ponte São João, em julho. O crime foi cometido por uma mulher, moradora de rua, que fugiu em seguida sem conseguir levar os R$ 70 da diária de serviço da vítima, que ela havia conseguido trabalhando como diarista na casa de uma escritora. O Jornal de Jundiaí teve acesso a um áudio gravado por ela, no dia do crime, em que ela conta sobre o roubo e, emocionada, lamenta a situação de criminalidade em que está o bairro onde mora.

No dia 13 de julho deste ano dona Vânia Magali Molero, de 65 anos, chegava em sua casa por volta das 13h, retornando do trabalho, na casa de uma advogada, no bairro Jardim Bonfiglioli, onde atuava como diarista uma vez por semana há 15 anos - ela também trabalhava duas vezes por semana na casa de um advogado há mais de 30 anos. Ao abrir o portão, Vânia foi abordada por uma mulher, que anunciou o assalto e tentou tomar a bolsa de suas mãos. Em áudio obtido pela reportagem, gravado na época pela própria vítima, com dificuldades ela conta sobre o roubo. "Moro aqui no final da rua Lima, em uma travessa sem saída. Acabei de chegar do serviço e veio uma nóia (usuária de drogas) para me roubar R$ 70 e ainda fez todo esse machucado em mim. Me empurrou e me agrediu. Tive que começar a gritar enquanto tentava segurá-la. Eu estava voltando do trabalho. A mulher fugiu mas meu dinheiro foi salvo", relatou ela.

No mesmo áudio ela lamenta a violência na Ponte. "Meu dinheiro foi salvo, mas o sentimento de morar aqui há mais de 60 anos e ser agredida por uma nóia dessa forma me entristece muito".

A morte de dona Vânia ocorreu por volta das 11h30 desta quinta e, segundo a irmã, por causa da diabetes, agravada por causa do ferimentos sofridos no assalto. "Por conta de ela ter diabete e ficar ferida, precisou ser internada por 37 dias. Infeccionou. E por causa disso ela teve outros problemas e não resistiu", lamentou ela, completando. "Ponte São João está terrível, ainda mais onde moramos (na área da cracolândia), a caminho dos pontos de drogas. Só Deus para ter misericórdia. Veja minha irmã, 65 anos e hoje foi sepultada".

Uma moradora do bairro, colega da vítima e que preferiu não se identificar, comentou: "era certo que algo assim iria acontecer aqui na Ponte, estava sendo anunciado. Essa é a nossa condição e tudo só piora".

Dona Vânia Magali Molero foi sepultada na manhã desta sexta-feira no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Várzea Paulista.

1 COMENTÁRIOS

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  • María Aparecida de Souza
    08/09/2023
    Essa região aqui da ponte são João tá cadia pior....e inda por cima tem gente da da dinheiro no essas tranqueiras...acho que devia ter um meio informativo e de conscientização das pessoas para que NAO dêem nada...pq estão alimentando o tráfico e o vício deles