PROGRAMAÇÃO

Jundiaiense conquista medalha de bronze na OBT

Na competição, Gabriel concorreu com outros 20 mil alunos de todo o país

Por Yasmim Dorti | 27/05/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Arquivo pessoal

Gabriel Francisco Nascimento entrou em uma escola de programação aos quatro anos
Gabriel Francisco Nascimento entrou em uma escola de programação aos quatro anos

O estudante de programação Gabriel Francisco Nascimento, de 13 anos, conquistou uma medalha de bronze na Olimpíada Brasileira de Tecnologia.

Gisele Francisco Nascimento, 41 anos, professora da rede pública e mãe de Gabriel, conta que o interesse do estudante pela área surgiu desde a infância. "Ele sempre se interessou por jogos e tecnologia, assim como todas as crianças. Nós, como pais, decidimos colocá-lo em uma escola de programação aos 4 anos. Ele foi se desenvolvendo e se interessou por essas áreas. A escola dele fechou na pandemia e colocamos ele em outra. Depois que passou esse período, ele voltou a estudar em uma escola de programação", contou a mãe.

Foi então que Gabriel, no último ano, resolveu competir nas Olimpíadas. "Ele participou da OBMEP (Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas) ano passado. Não ganhou medalha, mas ganhou uma menção honrosa. Eu vi nele uma vontade de competir, então ele fez uma planilha com todas as Olimpíadas e competições que vão ter neste ano e decidiu participar de todas", explicou.

OLIMPÍADA BRASILEIRA DE TECNOLOGIA

A OBT (Olimpíada Brasileira de Tecnologia) é uma olimpíada que tem por objetivo estimular o ensino, a pesquisa e a extensão, trazendo a área de TI (tecnologia da informação) mais de perto a estudantes e professores de todas as escolas, mostrando-a como uma grande ferramenta, tanto para a sociedade quanto na inclusão e desenvolvimento.

Gisele explica que Gabriel foi inscrito na Olimpíada por meio da escola em que ele estuda atualmente. "Ele queria participar da Olimpíada, mas ele precisava de alguém que o ajudasse. Então ele conseguiu um grupo com mais três alunos, na qual se tornou líder, e a escola inscreveu ele para participar", declarou.

Na competição, Gabriel concorreu com outros 20 mil alunos de todo o país. "O grupo deles se dividiu: dois ficaram na parte social, mandando um vídeo explicando sobre o projeto. Na outra fase, 5 mil alunos passaram e o grupo teve que criar um protótipo de aplicativo que ajudasse de alguma forma nas questões de preservação da natureza ou resolução de problemas ambientais. Nesse projeto, o Gabriel teve total responsabilidade. Ele teve que se apropriar de um programa e fez um protótipo visando a vida marinha, onde era possível mapear os ecossistemas e permitia que as pessoas pudessem aprender sobre a vida marinha, identificar os problemas e reportar aos órgãos competentes. Com esse projeto, Gabriel ganhou a medalha de bronze. Vale ressaltar que em momento algum ele teve ajuda de terceiros, escola ou pais, foi tudo ele que fez", explicou a mãe.

ORGULHO

Gisele Nascimento relata sobre seu orgulho com a conquista do filho. "Eu não gostava de ver meu filho o tempo inteiro na frente da tela, isso me incomodava e eu não tinha força para tirá-lo de lá. Inscrevê-lo em uma escola foi a forma que eu e o pai dele encontramos de unir a parte da tecnologia que ele tanto gostava e deixá-lo inserido com pessoas em um grupo que tinha os mesmos interesses que ele. Eu fiquei muito orgulhosa com a conquista dele. Como mãe, apoiamos a decisão e eu sei que ele tem muito a conquistar ainda e isso é só o começo", contou.

Gabriel Nascimento conta sobre sua conquista e passa uma mensagem de incentivo para outros estudantes. "Para mim, conseguir a medalha foi desafiador, mas foi recompensador, eu adorei o processo até a conquista", contou. "É preciso conhecer um pouco sobre disciplina e sobre chegar e fazer algo porque você gosta e quer seguir a carreira com aquilo. Acredito que foi essa disciplina que me fez ganhar a medalha e que me faz conseguir conquistar várias coisas que eu não imaginava até pouco tempo atrás. A disciplina faz com que você tenha a força para seguir em frente e fazer porque tem que ser feito", ressaltou.

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