REFEIÇÃO

Com inverno chegando, venda de caldos aumenta em até 60%

Os caldos mais consumidos são os de conhecimento geral

Por Rafaela Silva Ferreira | 17/05/2023 | Tempo de leitura: 3 min
Jornal de Jundiaí

Divulgação

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O inverno começa, oficialmente, em 21 de junho, mas a busca por refeições quentes já aumentou consideravelmente. De acordo com estabelecimentos especializados, a venda de caldos de todos os tipos aumentou em até 60%.

Segundo Manoel Emilson Alves do Santos, proprietário de um restaurante da Vila Arens, a procura pelos caldos já está a todo vapor. "Nessa época que antecede o inverno, a procura já aumenta cerca de 60%. Todo mundo quer tomar caldo de camarão, salmão, bacalhau. E aí, a procura pelas sopas também aumenta, embora sejam refeições diferentes."

Manoel explica que a principal diferença entre sopa e caldo é a consistência. Sopa é uma preparação líquida com pedaços de alimentos, como legumes, carnes, grãos, etc., enquanto o caldo é uma preparação líquida que contém apenas os sabores e os sucos dos ingredientes.

Em relação aos caldos mais consumidos em seu restaurante, Manoel cita aqueles que já são de conhecimento geral. "Caldo verde, caldo de frango, caldo com carne seca e abóbora. Todos são bem populares por aqui, o que nos faz arrecadar em torno de 70% a mais no faturamento, comparado com outras épocas do ano."

Os caldos de 500 ml são vendidos no local com um preço entre R$ 22 a R$ 25. Já por aplicativos de entrega, o preço sobe para R$ 27. "Depende do caldo que o cliente quer", contextualiza o proprietário. "No aplicativo de entrega, o preço vai para R$ 27 por causa do frete. Mas também temos algumas variações de preços entre as refeições. O caldo de camarão é mais caro por natureza", explica.

Monica Leonardi Schincariol, proprietária de uma lanchonete/restaurante, conta que o caldo mais popular em seu estabelecimento é o de mandioca com costela. "Esse é o mais vendido. Também temos a canja, o caldo de mandioquinha, caldo de abóbora com carne seca, caldo de legumes e caldo de feijão." O estabelecimento também oferece caldos vegetarianos. "São os caldos de legumes e de mandioquinha", pontua Monica.

Com um aumento de 50% nas vendas nesse "pré-inverno", os caldos são vendidos a R$ 38,90 na medida de 700 ml. "Todos são desse tamanho e tem os acompanhamentos, como queijo e croutons (pequenos pedaços de pão, fritos ou assados)", finaliza.

MOCOTÓ

O caldo de mocotó é uma iguaria típica da culinária brasileira, originária do Estado de São Paulo. O prato é preparado com o mocotó (patas cozidas sem casco de boi), caldo de carne, cebola, tomates, alho, pimenta, cebolinha, cheiro-verde e temperos.

Ele surgiu no século XIX, quando grandes quantidades de músculos bovinos eram descartados pelos açougues, já que eram considerados partes menos nobres. O prato ficou tão popular que acabou se tornando um dos mais importantes da culinária brasileira.

José Costa da Silva, proprietário de um bar no Parque Residencial, oferece o caldo em seu estabelecimento. Segundo ele, a procura pela refeição já aumentou em 25%. "A procura pelo caldo de mocotó aumenta nessa época porque é uma refeição quentinha e barata."

Vendido a R$ 15 em uma cumbuca de 500 ml, o mocotó de José é receita de família e preparado pela sua esposa. "O segredo do nosso mocotó é usar a melhor qualidade de farinha de mandioca. Ela é essencial para engrossar o caldo", comenta.

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