Opinião

O poder da autoestima

10/03/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Fechando a semana do Dia Internacional da Mulher, que para mim é mais do que uma festa que celebra uma sociedade mais justa e igualitária, mas também uma celebração para o potencial feminino, o Yin, que temos dentro de cada um de nós.

Uso os cortejos e homenagens para lembrar desse potencial, que todos possuímos: o poder de síntese, de captar energia, descendê-la para o plano terrestre e com ela gerar vida.

E daí eu preciso deixar algo muito claro: energia é algo que existe! Mesmo entre os meus pares, outros médicos acupunturistas, por vezes encontro aqueles que acreditam que os termos como qi (o equivalente chinês para "energia"), yin e yang são somente figuras de linguagem e que não possuem existência real.

Acreditam que são termos inventados para justificar ações fisiológicas a estímulos que hoje podem ser explicados com reações bioquímicas e outras relações de ativação entre pequenas proteínas nas membranas das células.

Porém, a mesma ciência que os motivou a pensarem desse modo hoje vaticina que a realidade é bem outra, podendo ser mais bem explicada com a presença desses elementos trans dimensionais, que têm contato com o nosso corpo e o influencia, ainda que mostrem-se pouco tangíveis aos nossos instrumentos de medida.

O movimento e manipulação dessas várias energias é que muda a nossa percepção do ambiente interno e externo ao corpo, fazendo com que ele se conforme segundo uma resolução que modifica o padrão de funcionamento dos sistemas nervoso, endócrino (de hormônios), circulatório e mesmo imunitário (tem a ver com a defesa do organismo contra ameaças)

Então a energia é muito mais causa que consequência de eventos orgânicos.

Um modo pelo qual podemos exemplificar isso em ação é através da energia que traz consigo a autoestima. A autoestima é, primariamente, manifestação da vontade do indivíduo. É a inspiração de enxergar-se belo. É aceitar-se como obra única do divino e, portanto, irretocável.

Essa expressão de vontade nasce da potencialidade Yin, estreitamente relacionada com o feminino, e dela decorre a demanda por "se arrumar" (eis a mudança de padrões acontecendo) para se compor de forma harmoniosa em todos os planos, sendo identificado, então, como o belo que deseja se expor.

A partir daí a energia se movimenta, circulando sangue pela pele, aumentando o seu viço e nutrindo os anexos, como pelos e cabelos, que ficam brilhantes e sedosos. A circulação reforça o sistema imunitário melhorando a nossa resposta às agressões do clima, fazendo com que nos sintamos à vontade.

A sensação produz relaxamento nos músculos e tendões, facilitando ainda mais o fluxo de energia, que normalmente produz uma sensação de bem-estar, seguida por uma face leve e um sorriso, sinais de que aquele ser se encontra bem e saudável.

A ação da energia não se limita ao nível orgânico, se estendendo ao campo energético que rodeia a fonte de sua origem, que é o próprio indivíduo. Isso faz com que objetos, sejam animados de vida ou não, absorvam essas ondas positivas e todo o ambiente fica mais iluminado, mais belo, cheio de vida, refletindo como espelho, a autoestima de quem ocupa esse espaço.

Alexandre Martin é médico, acupunturista e com formação em medicina chinesa e osteopatia (xan.martin@gmail.com)

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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