COMBUSTÍVEL

Após reajuste da Petrobras, postos começam a subir gasolina

Logo depois do anúncio, alguns postos já reajustaram o preço da gasolina, mas, quem ainda não o fez, deve fazer até hoje (26)

Por Nathália Sousa | 26/01/2023 | Tempo de leitura: 2 min

Daniel Tegon Polli

Os postos de Jundiaí preveem o repasse dos novos valores a partir de hoje; ontem, a maioria deles ainda não tinha aplicado o reajuste, que virá das refinarias
Os postos de Jundiaí preveem o repasse dos novos valores a partir de hoje; ontem, a maioria deles ainda não tinha aplicado o reajuste, que virá das refinarias

Após 50 dias sem reajuste de preço, a gasolina voltou a subir no Brasil. A Petrobras anunciou, desde ontem (25), aumento de 7,47% na gasolina vendida para as distribuidoras. O preço médio passará de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro. Já o preço nas bombas, que é mais alto, sofre acréscimos variáveis de posto para posto. De acordo com o presidente da Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Campinas (Recap), Emílio Martins, o aumento já chegou a alguns postos na terça-feira (24) e os preços que não mudaram ainda devem mudar hoje (26).

De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), no início deste ano, a média de preço do litro da gasolina em Jundiaí estava em R$ 4,90. Com o aumento, a tendência é que volte à casa dos R$ 5.

Frentista e caixa de um posto de gasolina no Jardim Planalto, Adegildo Mateus disse ontem que não houve aumento de procura na pré-alta de preço. "Por enquanto o movimento está normal, está até baixo. Reclamação de preço sempre tem, mesmo quando está mais baixo", comenta ele sobre a reação dos clientes.

Adegildo acha que o etanol também vai subir, como acontece de costume, mas hoje vê a gasolina compensar mais. "Hoje a gasolina está compensando mais que o etanol. Tem que ver o preço que o álcool vai ficar com o aumento da gasolina e fazer a continha básica para ver qual compensa mais."

ESPERA

Chaveiro, Guilherme Seccato abastece a motocicleta com gasolina e já esperava que o combustível fosse aumentar. "Para mim, a tendência é piorar e eu já estava esperando. Já está caro. Abasteço toda semana e gasto cerca de R$ 50. Uso moto por causa do trabalho, mas também pelo combustível. Acho que neste ano o combustível termina o ano mais caro do que começou, não espero coisa boa", conta.

Motorista, Valdir Junior acha que o preço tende a piorar. "Combustível já está caro faz tempo. Uso só gasolina, compensa mais do que álcool, porque é melhor para o motor. Não esperava o aumento, acho que está subindo por causa do novo presidente. Acho que a tendência é subir mais até o fim do ano."

O presidente da Recap, Emílio Martins, diz que a alta surpreende, porque a Petrobras passa por uma mudança na gestão. "É difícil prever o futuro. Até o fim do ano passado, o preço do petróleo estava equilibrado, mas agora deu uma descolada. Tem uma mudança de temperatura no hemisfério Norte e pode ter contribuído para o aumento. No Brasil, o que influencia o aumento é principalmente o dólar. O que preocupa no momento é o imposto federal. O fim da desoneração está marcado para 28 de fevereiro. Se não for mantida, pode elevar os preços."

Adegildo Mateus não viu aumento de procura antes do reajuste
Adegildo Mateus não viu aumento de procura antes do reajuste

1 COMENTÁRIOS

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  • Wilson Eloy
    26/01/2023
    Faz o L !!