A comoção tomou conta de Serrana, a 93 km de Franca, nesse sábado, 15, durante o velório e sepultamento de Ana Alice Santos França, de 11 anos. A menina morreu na quinta-feira, 13, após ser socorrida inicialmente como possível caso de suicídio, mas exames médicos apontaram sinais de violência sexual e enforcamento.
O caso ganhou forte repercussão na região e levou à prisão do padrasto da criança - principal suspeito do crime - ocorrida neste sábado.
Ana Alice estava em casa com o padrasto e dois irmãos - uma adolescente de 15 anos e um rapaz de 19 -, na noite de terça-feira, 11.
No momento da suposta tentativa de suicídio, a irmã teria ido à igreja e a mãe trabalhava em uma farmácia. A polícia investiga se o irmão passou a noite em casa. Ele teria ido a uma academia e, quando estava em casa, disse não ter ouvido nada.
Segundo a versão do padrasto, a menina foi encontrada desacordada na sala com um cordão de brinquedo preso ao pescoço. Ela foi levada à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) de Serrana e depois transferida ao Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto.
No hospital, porém, os médicos identificaram lesões compatíveis com abuso sexual e marcas de violência no pescoço. A Polícia Civil passou a tratar o caso como estupro de vulnerável seguido de morte. A criança não resistiu e morreu dois dias depois.
Nesse sábado, a Polícia Civil cumpriu mandado de prisão temporária contra o padrasto, de 32 anos. Ele é o principal suspeito.
O homem foi preso na casa da mãe dele, em Santa Rosa de Viterbo.
A mãe da menina e outros familiares também devem ser ouvidos na delegacia de Serrana para esclarecer o que aconteceu dentro da casa.
O corpo de Ana Alice foi velado no Velório Municipal de Serrana. O clima era de grande comoção. O pai da menina estava muito abalado e sendo consolado por familiares. Em entrevista para veículos de imprensa, ele desabafou: “Tiraram o ouro de mim”.
O caso é investigado pela Polícia Civil de Serrana. Os laudos periciais serão determinantes para definir as circunstâncias exatas da morte e confirmar ou não a participação do padrasto no crime.