O irmão da acusada de ter matado a mãe com "cadeiradas" foi à delegacia nessa segunda-feira, 3, e afirmou que a mãe já havia sido agredida outras vezes pela irmã. Angélica Gomes de Souza, de 38 anos, foi presa em flagrante após agredir a própria mãe com uma cadeira, na noite de sexta-feira, 31, na Vila Industrial, em Rifaina. A vítima, Maria Moreira Abel de Souza, de 63 anos, foi socorrida, mas morreu na manhã de sábado, 1º, na Santa Casa de Pedregulho, após não resistir aos ferimentos.
Segundo a Polícia Civil, a agressora chegou a alegar no momento da prisão que havia apenas empurrado a mãe. No entanto, o irmão dela, Samuel Gomes de Souza, relatou à polícia que a irmã já havia agredido e ameaçado a mãe outras vezes.
Samuel contou que Angélica era usuária de drogas e fazia uso excessivo de bebidas alcoólicas, além de ter sido expulsa de casa em outra ocasião, por conta das agressões. Ainda afirmou que a irmã já havia agredido a mãe outras vezes, mas que a própria vítima sempre pedia que os filhos a perdoassem, dizendo que amava todos igualmente.
Na noite da tragédia, uma discussão entre mãe e filha começou dentro da casa. Testemunhas disseram que Angélica estava alterada e ameaçava a mãe, dizendo que “um dia ainda iria matá-la”. Em determinado momento, ela pegou uma cadeira e acertou a cabeça da mãe, que caiu e bateu a cabeça no portão.
Angélica permaneceu no local e foi detida em seguida. A vítima foi levada ao pronto-socorro municipal e, devido à gravidade dos ferimentos, transferida para a Santa Casa de Pedregulho, onde faleceu horas depois.
Com a morte da mãe, Angélica Gomes de Souza deverá responder por homicídio qualificado e, dependendo do enquadramento jurídico, o caso poderá ser classificado como feminicídio.
Samuel concluiu afirmando que não perdoará a irmã e honrará sua mãe.