20 de dezembro de 2025
CHUMBINHO

Acusada de matar nora é denunciada por envenenar a própria filha

da Redação
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Reprodução
Larissa Rodrigues, Luiz Antonio Garnica, Elizabete Arrabaça e Nathalia Garnica

A Promotoria de Justiça de Pontal, a cerca de 100 km de Franca, apresentou, na semana passada, denúncia formal contra Elizabete Arrabaça, de 67 anos, acusada de matar a própria filha Nathalia Garnica ao envenená-la com chumbinho, substância usada ilegalmente como raticida. O Ministério Público também pediu a prisão preventiva da suspeita, que já responde por outro homicídio, cometido contra a nora, e é investigada por mais duas mortes suspeitas.

De acordo com a denúncia, assinada pela promotora Anne Marie Lourenço Karsten, o crime ocorreu em fevereiro deste ano. A acusada, que enfrentava dificuldades financeiras e era viciada em jogos de azar, teria sido acolhida pela filha dias antes do assassinato. Segundo a investigação, ela ministrou o veneno de forma dissimulada, levando a vítima à morte pouco tempo depois.

As apurações apontam que o homicídio foi premeditado e motivado por interesse patrimonial. Em março, um mês após o crime, a mulher renegociou um empréstimo consignado de quase R$ 90 mil em seu nome. O Ministério Público afirma ainda que, após a morte da filha, a acusada limpou e esvaziou o imóvel rapidamente e tentou transferir dinheiro da conta da vítima para a sua.

A promotoria descreve o caso como “dissimulado e cruel”, ressaltando que a vítima não teve qualquer chance de defesa.

A mulher também é ré em outro processo, que apura a morte da nora, a professora Larissa Rodrigues, morta com a mesma substância venenosa. Segundo a denúncia anterior, a sogra teria administrado a dose fatal após descobrir que a nora pretendia se divorciar do filho dela, o médico Luiz Antonio Garnica, que também está preso.