O cantor e compositor mineiro Lô Borges, 73 anos, morreu nesta segunda-feira (3) em Belo Horizonte. A informação foi confirmada por sua família e pelo hospital onde estava internado. Ele enfrentava uma intoxicação medicamentosa que evoluiu para falência múltipla de órgãos.
Nascido Salomão Borges Filho em Belo Horizonte, Lô Borges tornou-se um dos fundadores do movimento musical Clube da Esquina, ao lado de Milton Nascimento, Beto Guedes e outros.
Seu álbum solo de estreia, lançado em 1972, apelidado de “disco do tênis”,, entrou para a história da MPB com clássicos como “Paisagem da Janela”, “O Trem Azul” e “Um Girassol da Cor do Seu Cabelo”.
Mesmo após décadas de carreira, Lô manteve intensa atividade artística: a partir de 2019, lançou vários álbuns inéditos e expressou em entrevistas sua paixão contínua pela composição.
Lô Borges não só participou de um dos álbuns mais influentes da música brasileira, o “Clube da Esquina” (1972), mas também inspirou gerações de artistas no Brasil e fora dele. Suas composições foram gravadas por nomes como Tom Jobim, Elis Regina e Nando Reis.
Como disse ele em entrevista à UBC em 2024: “Não consigo parar de compor, tenho fascínio pelo desconhecido.”
A morte de Lô Borges representa o fim de uma era para a música brasileira: um autor que unia tradição mineira, influências do rock, jazz e pop, e que se mantinha inovador e relevante até os últimos anos. Seu legado segue vivo nas canções, nas capas de discos, nas turnês e na memória de quem cresceu ouvindo sua música.