O professor Dennis Rodrigues Madruga, de 29 anos, morador de Buritizal, representou o Brasil com destaque no 10th World Kung Fu Championships, realizado na cidade de Emeishan, na China, e conquistou o título mundial na categoria de armas duplas (Taolu Tradicional), utilizando o nunchaku.
O evento, promovido pela IWUF (International Wushu Federation) — entidade reconhecida pelo Comitê Olímpico Internacional —, reuniu mais de 5 mil atletas de 54 países.
Além da conquista do ouro, Dennis também competiu na categoria de mãos livres, na qual ficou em sétimo lugar. "Foi uma experiência única e inesquecível. Estar ali representando o Brasil, competindo com atletas do mundo todo e vencendo com o nunchaku — que entrou oficialmente no campeonato apenas este ano — é algo que vou levar para a vida", afirmou o atleta.
Segundo ele, o torneio teve três áreas simultâneas de apresentação, o que impediu a transmissão de todas as provas em tempo real, incluindo a que lhe rendeu o título mundial.
Dennis foi um dos dois brasileiros a conquistar o primeiro lugar no campeonato. Outros competidores do país também subiram ao pódio, conquistando medalhas de prata e bronze em diferentes modalidades.
A abertura do evento contou com a presença do renomado artista marcial Jet Li, homenageado pela IWUF por sua contribuição para a divulgação do Kung Fu e da cultura chinesa em todo o mundo. Para Dennis, o momento teve um significado especial, já que Jet Li foi uma de suas maiores inspirações na infância, motivando-o a iniciar sua trajetória nas artes marciais.
Praticante de Kung Fu há 15 anos, Dennis é professor em Buritizal e Ituverava e atua como chefe do ginásio de esportes de Buritizal. Ele é filiado à escola Zuihao Wushu, de Uberaba (MG), pela qual é federado na modalidade esportiva.
O atleta possui uma sólida carreira, com títulos estaduais, nacionais e sul-americanos — foi campeão sul-americano em 2018 (Brasil), 2019 (Paraguai) e 2024 (Argentina). No ano passado, havia se classificado para o Pan-Americano nos Estados Unidos, mas não pôde competir por questões de visto.
Após o Campeonato Mundial, os atletas tiveram três dias de passeio cultural pela China, encerrando uma jornada que, segundo Dennis, “representa o auge de uma trajetória de dedicação, disciplina e amor pela arte marcial”.