14 de dezembro de 2025
FALTA DE ÁGUA

Crise hídrica se agrava e Cristais Paulista amplia racionamento

Por Pedro Dartibale | da Redação
| Tempo de leitura: 2 min
Sampi/Franca
Reprodução/Redes sociais
Prefeito Elson Gomes juntamente com seu chefe de gabinete durante anuncio de racionamento

A já preocupante crise hídrica da região, causada por um longo período de estiagem, atingiu um ponto crítico em Cristais Paulista. Em um comunicado, o prefeito, Elson Gomes, ao lado de Moacir, chefe de gabinete, anunciou medidas emergenciais de racionamento após a falha de uma bomba crucial para o sistema de distribuição de água da cidade.

O problema, ocorrido em um equipamento que leva a água tratada até o reservatório elevado, reduziu a capacidade de abastecimento em 50%. A falha forçou a administração a realizar uma interrupção emergencial no fornecimento durante a tarde deste sábado. "Tivemos que fazer um fechamento emergencial e em breve nós vamos abrir novamente para que todos possam aí fazer o uso no período de mais necessidade", explicou Gomes.

A medida se soma ao racionamento que já estava em vigor, com o fechamento do fornecimento durante o período noturno para permitir a recuperação do nível do reservatório. A prefeitura faz um apelo direto à "população cristalense" para que o uso da água seja feito com máxima responsabilidade.

"Água é um bem muito precioso. Convido a vocês a economizar, não vamos lavar calçadas nesses períodos, carros", pediu Gomes, solicitando uma "parceria" com os moradores para superar o período de seca.

Investimentos e aumento do consumo

Durante o pronunciamento, o prefeito detalhou as ações em andamento para mitigar a crise. Um poço artesiano no bairro Franco Montoro foi perdido devido a problemas na perfuração. Outro poço está em fase final de licitação para ser integrado à rede principal e já é utilizado de forma paliativa para abastecer condomínios e para o combate a incêndios.

Adicionalmente, uma adutora ligada ao Córrego do Zebranquim e outros poços artesianos operam 24 horas por dia para maximizar a captação de água.

Moacir, que também participou do comunicado, relembrou a grave seca de 2014 e destacou que o problema atual afeta toda a região. Ele apresentou um dado alarmante que ilustra a pressão sobre o sistema: o consumo de água na cidade mais que dobrou na última década.

"Em 2014, nós tínhamos um consumo de 1 milhão e 600 mil litros por dia. Hoje, nós temos um consumo de 4 milhões de litros", comparou. "Se o povo não colaborar com a gente, não vai ser fácil. Mas até que chova, o pessoal tem que colaborar para que a gente possa não deixar faltar água."

A prefeitura se comprometeu a manter a população informada sobre a situação e reiterou que, com a cooperação de todos, será possível atravessar o período crítico até a chegada das chuvas.