Ganhou repercussão nas redes sociais o vídeo de uma aluna da Escola Estadual "Professora Helena Cury de Tacca", no Jardim Tropical, em Franca, sendo agredida na última terça-feira, 2, no momento em que saía de sua aula, no período noturno. A motivação para a agressão teria sido uma possível ofensa da menor à agressora, que decidiu ir tomar satisfações.
O caso ganhou atenção a partir do momento em que a própria agressora publicou um vídeo nas redes sociais, na quarta-feira, 3, confirmando a autoria dos fatos. Segundo ela, a menina que foi agredida teria dito para um terceiro que a agressora seria “puta”. Isso chegou aos ouvidos da autora, que não é aluna da mesma escola, gerando o espancamento.
“Eu nunca tinha conhecido essa menina na minha vida, nem sabia da existência dela. Ela passou na minha frente e eu não reconheci ela. Fiquei com medo de bater na pessoa errada”, disse a agressora, em vídeo.
O registro da agressão também foi publicado na rede social da agressora, que ainda trata a situação como não resolvida. “Vou postar (o vídeo) para vocês darem uma analisada no tanto que essa cachorra apanhou. Espero que não mexam comigo. Ela ainda ‘tá’ mexendo comigo, mas 'tá' tudo bem, a gente vai resolver isso”, ameaçou.
No vídeo, é possível ver a aluna no chão recebendo uma série de socos na cabeça. Na sequência, ela é arrastada para a parede, onde a agressora leva sua cabeça de encontro com o muro e segue desferindo golpes, enquanto outras duas meninas acompanham o episódio, sem tomar qualquer atitude para separar a briga.
Após a repercussão do vídeo, a reportagem do portal GCN/Sampi buscou esclarecimentos junto à Secretaria de Educação do Estado, onde foi confirmado que a agressora não integra o quadro de alunos da instituição e também não é de conhecimento de nenhum dos funcionários quem seria a pessoa. A aluna que foi agredida foi encaminhada ao pronto-socorro, onde recebeu um atestado médico que vai até a próxima segunda-feira, 8.
“A Unidade Regional de Ensino (URE) de Franca repudia todo e qualquer tipo de violência dentro ou fora do ambiente escolar. O ataque aconteceu fora da escola e a direção tomou conhecimento do ocorrido pelas redes sociais. Ressaltamos que a agressora não é estudante da unidade e, conforme verificado no vídeo encaminhado pela reportagem, não tinha qualquer relação com a vítima", informa a secretaria, em nota.
Segundo o texto, a equipe gestora e um supervisor de ensino foram até a residência da estudante para prestar apoio e esclarecer a situação.
"A Ronda Escolar foi acionada para reforçar o patrulhamento nos horários de entrada e saída, e o caso foi registrado na plataforma Conviva, de gestão das ocorrências escolares. Além disso, um profissional do programa Psicólogos nas Escolas estará à disposição da estudante assim que retornar às aulas", afirma a secretaria.
A Secretaria de Segurança Pública também foi acionada para saber se houve registro da ocorrência e respondeu negativamente, além de reforçar as medidas tomadas em relação à segurança dos alunos no entorno das unidades de ensino.
“A Polícia Militar destaca que mantém, de forma permanente, ações para garantir a segurança no entorno das unidades de ensino. Uma dessas iniciativas é o Programa Ronda Escolar, que consiste em patrulhamento especializado e visitas regulares às escolas, visando prevenir delitos, coibir situações de risco e orientar alunos e profissionais. Esse contato, aliado ao monitoramento dos indicadores criminais, subsidia o planejamento de ações preventivas e a manutenção da ordem em locais com maior incidência de ocorrências. A Polícia Civil não localizou o registro da ocorrência mencionada.”