A dona de casa Bruna Gabriela, que foi detida na manhã desta quinta-feira, 21, após se envolver em uma confusão na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Jardim Aeroporto, em Franca, foi ouvida na CPJ (Central de Polícia Judiciária) e liberada após receber atendimento médico.
O tumulto aconteceu depois que Bruna e seus familiares pressionaram pela vaga de internação para a tia, que é responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo. Segundo os parentes, Dalila Evangelista, de 38 anos, foi levada à unidade no domingo, 17, com fortes dores e inchaço nas pernas.
No entanto, em entrevista à Rádio Difusora nesta quinta-feira, a secretária Municipal de Saúde, Waléria Mascarenhas afirmou que a paciente já tinha conseguido vaga na Santa Casa de Ituverava, mas a família recusou. "Com a recusa, a paciente foi reinserida no sistema", disse a secretária.
O grupo teve um desentendimento com a equipe da UPA do Jardim Aeroporto, e a situação se agravou, levando à intervenção da Polícia Militar. Os policiais precisaram imobilizar Bruna para controlar a confusão. Vídeos enviados ao portal GCN/Sampi mostram o momento em que ela é contida pelos agentes, enquanto algumas pessoas tentam intervir.
Ao sair da CPJ, Bruna relatou sua versão à reportagem. Ela afirmou que buscava atendimento para a tia quando houve um desentendimento com uma funcionária da UPA. Segundo a dona de casa, a servidora teria feito gestos obscenos e xingamentos.
"Na hora que entrei com a minha tia na triagem, a moça já pegou, já veio me xingando, com falta de respeito, me chamou de ‘galudinha’. Ela mostrou o dedo de novo para mim e eu fui pra cima dela. Mas veio tudo da parte deles primeiro", contou.
Bruna também acusa os policiais militares de agressão durante a contenção na UPA. "Meu braço está todo machucado porque eles me agrediram".
Após ser ouvida na CPJ, ela foi encaminhada ao Pronto-socorro Municipal “Dr. Álvaro Azzuz” para atendimento médico em razão das escoriações.
A dona de casa disse ter recebido apenas cuidados básicos. "Trataram-me com pouco caso. Só me deram remédio e mandaram embora. Os médicos nem me olharam direito”, declarou.
O caso, que aconteceu na manhã desta quinta-feira, será investigado pela Polícia Civil. A servidora envolvida na ocorrência também foi ouvida.