O mercado imobiliário de Franca e região viveu um mês de contrastes em junho de 2025. As vendas de imóveis residenciais usados saltaram 26,39% em relação a maio, enquanto as locações sofreram queda brusca de 81,31%, segundo pesquisa do Creci-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo).
Os números refletem o impacto direto dos investimentos urbanos que estão mudando a paisagem da cidade. Obras de mobilidade, saneamento básico e requalificação de espaços públicos têm atraído compradores e investidores, especialmente interessados em bairros periféricos e loteamentos em expansão.
A pesquisa, que ouviu 48 imobiliárias de Franca, Guaíra, Igarapava, Ipuã, Patrocínio Paulista, Restinga, Rifaina, São Joaquim da Barra e São José da Bela Vista, mostrou que casas representaram 64% das vendas, contra 36% de apartamentos. Entre as residências negociadas, a maioria (43,8%) possuía três dormitórios e área útil entre 50 m² e 100 m². Já entre os apartamentos, 81,8% eram de dois dormitórios.
A região periférica concentrou 38,9% das vendas, seguida de áreas nobres (30,6%) e da região central (30,6%). Quase 55% das negociações foram viabilizadas por financiamento da Caixa Econômica Federal, enquanto 22,6% foram fechadas diretamente entre comprador e proprietário.
A faixa de preço mais procurada ficou entre R$ 151 mil e R$ 200 mil, abrangendo 29,6% dos imóveis vendidos. Outro dado que chama atenção: 40,7% dos imóveis foram vendidos pelo mesmo valor anunciado, e 22,2% tiveram desconto de até 5%.
Por outro lado, o mercado de locação mostrou forte retração. A queda superior a 80% nas novas locações contrasta com a alta acumulada de 76,26% no ano. Casas responderam por 57% dos novos contratos e apartamentos, por 43%. A maioria das casas alugadas tinha dois dormitórios (60%) e área útil entre 50 m² e 100 m².
Os bairros nobres se destacaram nas locações, concentrando 42,9% dos contratos. A faixa de aluguel mais procurada variou de R$ 2.000 a R$ 3.000, e o fiador ainda foi a garantia mais usada, presente em 71,4% dos casos.
Segundo o Creci-SP, os novos investimentos em infraestrutura, somados à demanda estável, devem manter o mercado aquecido. “Há uma convergência de fatores: crescimento populacional, requalificação urbana e obras de mobilidade que tornam bairros periféricos mais atrativos”, avalia o levantamento.
A expectativa é de que, com o avanço das obras e novos projetos previstos para os próximos meses, o mercado mantenha ritmo acelerado nas vendas e recupere gradualmente o fôlego nas locações.