Em um mundo cada vez mais tecnológico, a inovação com propósito social se destaca. Prova disso é a iniciativa de quatro jovens estudantes da Escola Estadual Adelina Pasquino Cassis, na zona leste de Franca, que desenvolveram um colete de acessibilidade para auxiliar pessoas com deficiência visual. O projeto, batizado de "Guia Vest", é um exemplo de como a criatividade e o trabalho em equipe podem gerar soluções que transformam vidas.
Os alunos Yuri Costa Garcia, Gabriel de Godoy Silva, Guilherme Duarte Santos e Gabriel Souza Lima, todos com 13 anos e cursando o 8º ano C, são as mentes por trás da criação. A ideia, segundo eles, nasceu de uma simples, mas poderosa, pergunta: "Como podemos usar a tecnologia para tornar a vida de alguém melhor?". A partir desse questionamento, e com o apoio fundamental do professor de Matemática, Eduardo Augusto Telini, e da coordenadora, Janaina Goulart, o projeto começou a tomar forma.
O "Guia Vest" funciona por meio de sensores ultrassônicos que identificam obstáculos no caminho do usuário. Ao detectar um objeto, o colete emite alertas sonoros, permitindo que a pessoa com deficiência visual se desloque com mais segurança e independência. "Tudo foi pensado para ser leve, simples de usar e acessível", explica a equipe.
Para a diretora da escola, Sheila Monteiro Pereira, que está à frente da unidade escolar há 35 anos, o projeto é motivo de grande orgulho. "Ver nossos alunos aplicando o conhecimento de sala de aula para criar algo com tanto impacto social é a maior recompensa para um educador", afirma.
Mais do que um dispositivo tecnológico, o "Guia Vest" carrega uma mensagem de inclusão e empatia. "Acreditamos que a tecnologia deve servir para incluir, não para excluir", defendem os jovens inventores. Eles ressaltam que o projeto demonstra como ideias inovadoras podem surgir no ambiente escolar e gerar um impacto real na comunidade. "Nosso lema é claro: Tecnologia que guia, inclusão que transforma", pontuam.
Embora ainda em fase inicial, os testes já realizados mostraram o grande potencial do colete. Os planos para o futuro são ambiciosos: a equipe pretende aprimorar o protótipo com a adição de GPS, placas de energia solar, comandos de voz e integração com aplicativos de acessibilidade. "A nossa meta é que o Guia Vest possa chegar a quem realmente precisa, ajudando a melhorar o dia a dia de muitas pessoas", concluem os estudantes, reforçando que "a acessibilidade é um direito, e a inclusão começa com pequenas atitudes".