Três estudantes do Sesi Franca estão representando a cidade na Robocup 2025, uma das maiores competições de robótica do Brasil. Eles participam da categoria Rescue Maze, que simula operações de resgate com robôs autônomos. O evento começou nesta quarta-feira, 16, e termina neste domingo, 20, em Salvador, na Bahia.
A equipe é formada por Arthur Mendes Lopes e João Otávio Silva Ribeiro, ambos com 17 anos e cursando o terceiro ano do Ensino Médio, e Fernanda de Lima Gonçalves, de 16 anos, aluna do segundo ano. O trio projeta e programa um robô que precisa entrar em um labirinto, identificar “vítimas” simuladas e agir conforme a gravidade do caso.
As vítimas são sinalizadas por letras e cores coladas nas paredes:
Os kits, representados por pequenos cubos de 1x1x1 cm, precisam ser posicionados corretamente. Todo o desempenho do robô é pontuado com base na precisão e eficiência das ações. “Eles avaliam quantas vítimas foram identificadas e quantos kits foram entregues corretamente. A equipe com a maior pontuação bruta recebe o valor 1, e as demais têm suas notas normalizadas proporcionalmente”, explica Fernanda.
Além da arena, 30% da nota total vem de documentos técnicos obrigatórios, como:
Os documentos da equipe já foram enviados e, segundo eles, estão “muito fortes”. “Nosso robô está rápido, resistente, e a performance nos testes foi excelente. Estamos fazendo apenas ajustes finos agora”, relata Fernanda.
A Robocup também conta com avaliações orais, em que os estudantes precisam apresentar o projeto a juízes ou outras equipes. Isso garante que os participantes dominem o conteúdo e tenham desenvolvido o robô por conta própria, uma medida contra a terceirização técnica. “A gente tem que saber de verdade o que está falando. É um incentivo à autonomia e à pesquisa científica dos alunos”, destaca a estudante.
O grupo já tem experiência em competições. Na temporada 2024/2025, o time foi reconhecido com o prêmio de melhor design comemorativo dos 25 anos da Robocup, com um robô azul estilizado que foi destaque no site oficial. “Foi uma surpresa, nossa primeira vez competindo e já recebemos esse reconhecimento. Isso nos motivou ainda mais”, lembra Fernanda.
Apesar do clima competitivo, o espírito de colaboração também é marcante. “As equipes se ajudam. Se um robô quebra, sempre tem alguém disposto a oferecer uma peça ou uma dica. É tudo muito seguro e acolhedor”, completa a jovem.
Agora, o foco é a arena e os desafios que virão. “Sabemos que imprevistos acontecem, mas o nosso projeto está sólido. Estamos confiantes de que podemos alcançar um bom resultado”, finaliza Fernanda.