Todo ano, frio chegando, pai arrumando o dinheiro para comprar a flanela, mãe sentada à máquina costurando os dois pijamas para as meninas. Tinha que ser todo ano, porque meninas crescem. E para o pai e a mãe não havia pijamas novos? Só vez ou outra. A prioridade éramos nós: minha irmã e eu. Que lindos eram nossos singelos pijaminhas! Flanela estampada, calça comprida, paletó de manga longa abotoado na frente. E que quentinhos! E tão cheios de carinho e dedicação. Não, os que mais tarde compramos jamais se igualaram ao pijama de flanela proporcionado pelo amor incondicional dos meus pais. Que minha gratidão os aqueça na sua contínua jornada. Porque o amor está no eterno presente.