21 de dezembro de 2025
OPERAÇÃO ESTIAGEM

Reservatórios escolares desativados são aliados contra queimadas

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/PMC
Antigos reservatórios das unidades serão adaptados para abastecer o Corpo de Bombeiros em caso de incêndios

Defesa Civil de Campinas definiu, durante a segunda reunião do Comitê Gestor da Operação Estiagem 2025, a instalação de reservatórios de água em diferentes regiões da cidade para uso exclusivo do Corpo de Bombeiros no combate a incêndios. A medida será viabilizada com o reaproveitamento de antigas caixas d’água de escolas municipais, que passaram por substituição e agora terão nova função.

A ação é fruto de um trabalho conjunto entre a Defesa Civil, Secretaria de Educação, Sanasa e Corpo de Bombeiros. As vistorias técnicas para identificar quais reservatórios poderão ser adaptados começam na próxima semana. Os que forem aprovados terão sinalização específica indicando seu uso emergencial.

A reutilização dessas estruturas é um ganho estratégico para o enfrentamento da estiagem”, destacou o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado. Ele ressaltou que a iniciativa amplia o suporte operacional dos bombeiros e fortalece a resposta a incêndios urbanos e ambientais.

O plano também prevê maior integração entre a Coordenadoria de Fiscalização de Vielas e Terrenos (Cofivt) e o Corpo de Bombeiros, com cruzamento de dados sobre ocorrências e aplicação de multas em áreas onde há queimadas frequentes. Segundo o coordenador Bruno Brisolino, foram aplicadas 24 autuações entre maio e junho.

No balanço parcial da Operação Estiagem, entre 1º de maio e 24 de junho, Campinas registrou 51 focos de incêndio via satélite do Inpe, 26 boletins de baixa temperatura — com destaque para os 4,1°C de 25 de junho, dois alertas de umidade do ar e 102 vistorias preventivas em áreas verdes. Também foram feitas 84 vistorias no entorno do Aeroporto de Viracopos.

Na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda expressiva nos focos de incêndio, que somaram 228 no ano passado, enquanto os boletins de atenção por baixa umidade chegaram a 21 em 2024 — frente a apenas dois neste ano.