A Defesa Civil de Campinas definiu, durante a segunda reunião do Comitê Gestor da Operação Estiagem 2025, a instalação de reservatórios de água em diferentes regiões da cidade para uso exclusivo do Corpo de Bombeiros no combate a incêndios. A medida será viabilizada com o reaproveitamento de antigas caixas d’água de escolas municipais, que passaram por substituição e agora terão nova função.
A ação é fruto de um trabalho conjunto entre a Defesa Civil, Secretaria de Educação, Sanasa e Corpo de Bombeiros. As vistorias técnicas para identificar quais reservatórios poderão ser adaptados começam na próxima semana. Os que forem aprovados terão sinalização específica indicando seu uso emergencial.
“A reutilização dessas estruturas é um ganho estratégico para o enfrentamento da estiagem”, destacou o diretor da Defesa Civil de Campinas, Sidnei Furtado. Ele ressaltou que a iniciativa amplia o suporte operacional dos bombeiros e fortalece a resposta a incêndios urbanos e ambientais.
O plano também prevê maior integração entre a Coordenadoria de Fiscalização de Vielas e Terrenos (Cofivt) e o Corpo de Bombeiros, com cruzamento de dados sobre ocorrências e aplicação de multas em áreas onde há queimadas frequentes. Segundo o coordenador Bruno Brisolino, foram aplicadas 24 autuações entre maio e junho.
No balanço parcial da Operação Estiagem, entre 1º de maio e 24 de junho, Campinas registrou 51 focos de incêndio via satélite do Inpe, 26 boletins de baixa temperatura — com destaque para os 4,1°C de 25 de junho, dois alertas de umidade do ar e 102 vistorias preventivas em áreas verdes. Também foram feitas 84 vistorias no entorno do Aeroporto de Viracopos.
Na comparação com o mesmo período de 2024, houve uma queda expressiva nos focos de incêndio, que somaram 228 no ano passado, enquanto os boletins de atenção por baixa umidade chegaram a 21 em 2024 — frente a apenas dois neste ano.