O Comando do 15º Batalhão da Polícia Militar do Interior se manifestou, na tarde desta terça-feira, 24, após as críticas feitas pelo empresário Luciano Hang, dono da Havan, que acusou a corporação e a Guarda Civil Municipal de negligência diante de um furto à loja da rede em Franca.
Em nota oficial, a Polícia Militar informou que instaurou um procedimento interno para apurar toda a dinâmica do atendimento à ocorrência, desde o registro até o desfecho, incluindo eventuais falhas nos protocolos e responsabilidades individuais.
"O Comando lamenta profundamente o ocorrido e reforça seu compromisso com a segurança pública e com a transparência de suas ações, colocando-se à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários à imprensa e à sociedade", afirmou o comando.
A Polícia Militar também destacou que o atendimento de ocorrências dessa natureza é de competência exclusiva da Polícia Militar, e não da Guarda Civil Municipal — o que teria sido corretamente informado ao gerente pela Guarda Civil Municipal, segundo o próprio comunicado da empresa.
A manifestação da Polícia Militar veio após a repercussão do caso trazido com exclusividade pelo portal GCN/Sampi, no qual a loja Havan e seu dono fizeram críticas à corporação pela falta de atendimento. Segundo a empresa, a loja localizada no Parque Progresso foi alvo de dois momentos distintos de ação criminosa durante a madrugada. Por volta das 4h30, dois suspeitos foram flagrados rondando o estacionamento. Um deles tentou arrombar uma porta, mas fugiu após o alarme ser disparado. O gerente da unidade, acionado pela Central de Monitoramento, foi até o local e entrou em contato com a Polícia Militar, que, segundo ele, não compareceu após diversos chamados.
Pouco tempo depois, um dos criminosos retornou e conseguiu invadir o setor de Recursos Humanos da loja, de onde furtou uma televisão e outros objetos. Novamente, o gerente acionou a Polícia Militar e, também, a Guarda Municipal. Como resposta, recebeu a orientação de que o atendimento cabia exclusivamente à Polícia Militar.
Sem apoio das forças de segurança, o gerente resolveu agir por conta própria. Ele encontrou um dos suspeitos nas proximidades e conseguiu recuperar parte dos itens furtados. A empresa ainda relatou uma tentativa de furto a um ar-condicionado instalado na área externa da loja.
O empresário Luciano Hang reagiu com indignação à situação: “inacreditável o que aconteceu em Franca. O crime acontecendo e a Polícia Militar e a Guarda Municipal se negando a combater e a pegar os criminosos em flagrante. Quero parabenizar nosso gerente, que colocou sua integridade em risco para proteger nosso patrimônio e conseguiu intervir, fazendo o papel que deveria ter sido feito pelos órgãos de segurança”, afirmou em nota.
A Prefeitura de Franca também havia se manifestado, reafirmando que a Guarda Municipal atua na proteção de próprios prédios públicos e apoio à Defesa Civil, além de outras atribuições, e que a segurança ostensiva é, de fato, de responsabilidade do Estado, por meio da Polícia Militar.
As imagens das ações criminosas foram entregues à Polícia Civil, que conduzirá a investigação.
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