O IML (Instituto Médico Legal) de Ribeirão Preto confirmou, por meio de exame toxicológico, a presença de substância tóxica da mesma classe do chumbinho em três órgãos da médica veterinária Nathália Garnica, levantando a suspeita de que a mulher também tenha sido vítima de envenenamento. A informação foi divulgada nesta semana pelo diretor do IML, Diógenes Tadeu Cardoso, após análise realizada em amostras colhidas durante a exumação do corpo, no final do mês de maio..
Segundo o diretor, o composto encontrado pertence à mesma classe de venenos usados em casos de intoxicação por “chumbinho”, embora tenha uma composição distinta. Isso indica que, apesar de os dois casos envolverem substâncias similares, o agente que levou Nathália à morte não é o mesmo que causou o óbito da professora Larissa Talle Leôncio Rodrigues, cunhada da veterinária e encontrada morta em março, praticamente um mês depois.
A revelação contradiz uma carta escrita por Elizabete Arrabaça, mãe de Nathália e sogra de Larissa, atualmente presa junto ao filho, o médico Luiz Antônio Garnica. No texto, enviado à Justiça, Elizabete afirmou que Nathália possa ter misturado cápsulas de omeprazol com chumbinho. A versão, no entanto, é colocada em dúvida com o resultado do laudo toxicológico que demonstra compostos diferents em cada uma das vítimas.
Nathália Garnica morreu em fevereiro, de forma súbita, após uma parada cardíaca, mesmo sem apresentar histórico de doenças. O corpo foi exumado em 23 de maio, no cemitério de Pontal (SP), a cerca de 40 km de Ribeirão Preto, justamente para apurar se ela também teria sido vítima de envenenamento - assim como a cunhada, Larissa, que morreu um mês depois.
A Polícia Civil, que ainda aguarda o recebimento oficial do laudo, segue investigando o caso. A expectativa é que o novo documento traga elementos importantes para a linha de apuração que envolve mãe e filho como suspeitos da morte da professora.