22 de dezembro de 2025
A CASA DO PED

Família cria projeto social após a morte de jovem em cachoeira

Por Giovanna Attili | da Redação
| Tempo de leitura: 3 min
Sampi/Franca
Divulgação/Redes sociais
Pedro Francisco Nicula Aielo; capa do projeto A Casa do Ped

Dois meses após a morte de Pedro Francisco Nicula Aielo, 21 anos, vítima de afogamento em uma cachoeira em Claraval (MG), sua família decidiu transformar a dor em solidariedade. Para homenageá-lo, criaram um projeto social chamado "A Casa do Ped". Uma das ações do projeto será a distribuição de marmitas neste sábado, 14, em Franca.

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O projeto tem como objetivo conectar doações da sociedade às necessidades de instituições da cidade. A ideia é criar uma ponte entre quem quer ajudar e quem realmente precisa, facilitando o caminho para que as doações cheguem a quem mais necessita.

A iniciativa surgiu não apenas da família, mas também de voluntários que se comoveram com a causa — entre eles, amigos do jovem homenageado, inspirados pelo impacto que ele teve em suas vidas. Uma dessas voluntárias é Lauane Gianvechio, de 36 anos, irmã de Pedro. Ela reforça o pedido de apoio ao projeto, destacando que a ação reflete exatamente quem Pedro foi: alguém sempre disposto a ouvir e acolher quem mais precisava.

"Pedimos que as pessoas nos sigam no Instagram (@acasadoped), pois quanto mais pessoas conhecerem nosso trabalho, mais conseguiremos ajudar aqueles que muitas vezes são invisíveis socialmente", explica.

Ações 

Uma das ações do projeto é a distribuição de marmitas, que acontecerá neste sábado na cidade. Embora o local exato ainda não tenha sido divulgado, os voluntários buscam, mais do que apenas entregar alimentos, oferecer dignidade e promover conexões humanas com quem mais precisa.

O projeto já possibilitou a doação de diversos itens essenciais, como fraldas descartáveis, kits de higiene infantil, ovos de Páscoa, alimentos básicos e produtos de limpeza, todos destinados a instituições assistenciais de Franca.

"Honramos Pedro ajudando como ele faria: com atenção genuína aos que precisam", complementa Lauane.

A casa de Ped, como ele sempre sonhou em ter

A reportagem entrou em contato com Alessandra Cristina Aielo, 54 anos, mãe de Pedro Aielo e advogada. Em nota, ela se pronunciou em nome próprio, de sua esposa, Tatiana Luiza Gianvechio, também de 54 anos e mãe de Pedro, e da namorada do jovem, Milena Batista Borges, estagiária de 21 anos.

No depoimento, as mulheres destacam a força do projeto e o quanto ele representa para elas. É uma forma de continuar cuidando de Pedro, mesmo com sua ausência física — ele permanece presente em cada gesto, em cada ação.

“A Casa do Ped é nosso jeito de continuar cuidando do Pedro, mesmo além da vida. Transformamos a dor da saudade em gestos de amor que honram quem ele foi: um menino que sabia acolher. Aqui, mantemos viva a sua essência, ajudando quem precisa, como ele faria. Porque o amor não conhece limites, nem mesmo os do céu”, explicaram.

“Queríamos que ele tivesse a casa dele aqui e estamos tentando transformar isso em realidade da maneira que nos é possível, tendo a certeza de que, quando ele estiver pronto, virá nos ajudar, nem que seja em pensamentos e boas vibrações. (...) Juntos, vamos tentar escrever uma história de compaixão, mostrando que um mundo mais humano é possível quando seguimos o exemplo de quem soube amar sem limites. Como dissemos, é apenas um passo, uma tentativa de continuar seu legado, que nem ao certo sabemos onde irá chegar”, concluíram.

Todos que se interessarem em participar da ação como voluntários podem obter mais informações pelo Instagram do projeto, clicando aqui.