Os servidores da Fundação Casa aprovaram em assembleia-geral realizada no dia 24 em formato híbrido, presencialmente no auditório do Sindicato dos Padeiros em São Paulo e também on-line, o estado de greve, mantendo a continuidade das negociações salariais para 2025.
A decisão reflete a insatisfação com os termos apresentados até o momento pela Fundação Casa e pelo Governo do Estado de São Paulo. Segundo Waldir Teixeira, diretor financeiro do sindicato (Sitsesp), a categoria busca um reajuste real e valorização de 5%, totalizando 10,5% de aumento salarial. ele diz que o governo atual não ofereceu reajuste algum.
Foram deliberados quatro pontos principais: a rejeição da proposta atual, a continuidade das negociações, a aprovação do estado de greve e a autorização para que o sindicato celebre um Acordo Coletivo de Trabalho com as cláusulas acordadas até aqui.
Além disso, foi dado aval para que a diretoria do sindicato conduza as negociações diretamente com a Fundação Casa e o governo estadual, com possibilidade de recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho caso não haja avanços.
O movimento busca não apenas a valorização salarial, mas também o reconhecimento das condições de trabalho dos cerca de 650 servidores das unidades de Franca, Ribeirão Preto, Araraquara, Sertãozinho e região, que atuam diretamente no atendimento socioeducativo.
Segundo a direção sindical, o estado de greve não significa paralisação imediata, mas sim um instrumento legal para reforçar a mobilização e intensificar as pressões por avanços nas negociações. A estratégia inclui articulações políticas com parlamentares, diálogo com a sociedade civil e a realização de rodas de conversa para conscientizar sobre a importância do trabalho dos servidores.
“Nosso compromisso é com uma negociação responsável, transparente e que defenda os direitos da categoria. O reconhecimento dos servidores da Fundação Casa é essencial para garantir um atendimento socioeducativo de qualidade”, afirmou Neemias de Souza, presidente do sindicato.