Foi oficialmente lançado em Cássia (MG) o Canastra Eko Resort, um megaempreendimento turístico e imobiliário de R$ 1,2 bilhão que promete transformar o cenário econômico e turístico da Serra da Canastra. O evento aconteceu nesta sexta-feira (23), no Santuário de Santa Rita de Cássia, reunindo autoridades, empresários, investidores e representantes do setor de turismo.
O projeto, desenvolvido ao longo de oito anos, é assinado pela incorporadora Alma Urban, pertencente ao Alma Group, em parceria com o Grupo Guarany, de Caldas Novas (GO). O complexo ocupará mais de 300 mil m² às margens do Rio Grande, na região do Itambé, com cerca de um quilômetro de praia, de frente para a Serra da Canastra.
Durante o lançamento, Eduardo Almeida, idealizador do Canastra Eko Resort, celebrou a realização: “Hoje é uma data memorável. Estamos no Santuário de Cássia, na semana de Santa Rita, com a bênção dela, lançando um empreendimento que levou oito anos entre projetos e legalizações. É um megaempreendimento, talvez um dos maiores do interior do Brasil. É uma mini cidade sustentável.”
Segundo ele, o resort deve atender diretamente mais de 60 cidades em um raio de até 200 km, alcançando um público potencial de 5 milhões de pessoas.
O Canastra Eko Resort será composto por oito setores interligados e autossustentáveis:
“A represa aqui é maravilhosa, extensa para navegar. O público náutico é muito grande. Estamos falando de 300 mil m² de área total, sendo 170 mil m² de áreas construídas”, explicou Eduardo.
As obras começam em novembro, com previsão de entrega em quatro anos.
Eduardo destacou que a sustentabilidade é o principal pilar: “Essa foi a preocupação número um. Temos o urbanista Ivo Indiano, com vasta experiência, e todos os nossos complexos têm esse foco: geração de energia própria, aquecimento solar da água, pavimentação permeável que não gera calor, tratamento de lixo e reciclagem, e até tratamento de dejetos humanos para devolver água semipotável ao manancial.”
Além disso, o paisagismo será um diferencial, promovendo conforto térmico e integração com a natureza. “Vamos dobrar o verde que já existe ali.”, afirmou o empreendedor.
O empreendimento deve gerar centenas de empregos durante as obras e cerca de 300 vagas fixas após a inauguração:
“A hotelaria, os restaurantes, o parque... tudo isso demanda muita mão de obra. Talvez até tenhamos que trazer trabalhadores de fora. Mas a ideia é movimentar toda a região. Queremos que os turistas prestigiem as cidades vizinhas, comprem um artesanato, um doce, um queijo... Isso vai gerar divisas e fortalecer a economia local.”
O projeto vai muito além da cidade de Cássia, beneficiando toda a região da Nascente das Gerais e do Circuito Montanhas Cafeeiras.
A escolha foi estratégica:
“Nos estudos que fizemos, entendemos que Cássia reúne todos os fatores positivos. A represa é maravilhosa, o santuário mudou a realidade local e a Serra da Canastra é uma joia rara, muito pouco explorada. Só faltava estrutura para receber turistas com conforto e segurança. Agora, vai ter”, disse Eduardo.
O projeto conta com o apoio do governador Romeu Zema, que vê o turismo como vetor de desenvolvimento. A Prefeitura de Cássia e o Governo de Minas articulam melhorias de infraestrutura, como o asfaltamento de 13 km até o local e estudos para a construção de uma pista de pouso para aeronaves de pequeno e médio porte.
“Onde funciona no mundo é assim: quando somam forças a iniciativa privada e o poder público. Ninguém faz nada sozinho”, concluiu Eduardo.