Campinas vive um momento crítico na saúde pública, com alta demanda por atendimentos respiratórios, principalmente em crianças. Durante o feriado prolongado do Dia do Trabalhador, a Prefeitura adotou esquema especial de funcionamento nas unidades básicas de saúde, o que resultou em 14,7 mil atendimentos realizados e 8,2 mil doses de vacinas aplicadas.
Na sexta-feira (2), ponto facultativo, todas as unidades básicas abriram as portas para atender a população, especialmente casos leves de sintomas gripais e quadros respiratórios. No sábado (3), 12 Centros de Saúde que normalmente funcionam aos fins de semana também atenderam, das 7h às 13h.
Entre as vacinas aplicadas, 4,6 mil foram contra a gripe, 1,3 mil contra a covid-19 e 2,3 mil para outras doenças, incluindo dengue. As doses seguem disponíveis para os públicos prioritários, sem necessidade de agendamento.
Segundo a diretora de Saúde de Campinas, Mônica Macedo Nunes, a medida foi essencial para evitar sobrecarga nos hospitais. “Foi muito importante para garantir assistência em saúde aos pacientes, sobretudo com sintomas respiratórios, e reduzir a pressão sobre as unidades que atendem urgências e emergências”, afirmou.
A cidade enfrenta, desde março, um aumento expressivo nos atendimentos pediátricos, especialmente por doenças respiratórias sazonais, o que tem exigido expansão da estrutura hospitalar. Foram abertos 19 leitos infantis, incluindo 11 de UTI, no Mário Gatinho, Ouro Verde, Irmandade de Misericórdia e Hospital da PUC-Campinas. Também há negociação com o Hospital Samaritano para compra de mais quatro leitos de UTI pediátrica.
Além disso, férias de profissionais da saúde foram suspensas até julho e está em andamento processo seletivo emergencial para contratação de 12 médicos pediatras, que devem atuar a partir de 16 de maio, principalmente no Pronto Socorro Infantil da Unidade Mário Gatinho e em outros pontos da Rede Mário Gatti.