A empresa responsável pelo estudo sobre o desassoreamento da represa do Clube Castelinho, em Franca, deve concluir o projeto de execução até o dia 30 de junho deste ano. A Fundação de Apoio e Desenvolvimento da Universidade Federal de Mato Grosso foi contratada, sem licitação, pelo valor de R$ 247 mil.
O contrato entre a Prefeitura de Franca e a empresa, que pode ser consultado no site Portal Nacional de Contratações Públicas, foi assinado em 20 de dezembro de 2024, com vigência até 30 de junho de 2025. O estudo compreende serviços hidrológicos, de resíduos e sondagens geotécnicas para definir os métodos e critérios para o desassoreamento.
O assoreamento da represa é apontado como um dos principais fatores que contribuem para as enchentes na região. Em época de fortes chuvas, os bairros próximos sofrem com alagamentos, inclusive o próprio clube, que é cortado pelo Córrego do Espraiado.
O assoreamento da represa ocorre quando o fundo do reservatório é preenchido por sedimentos, como areia, argila, cascalho e matéria orgânica, levados pelas águas de rios e córregos, especialmente em períodos de chuvas fortes ou erosão nas margens. Com o tempo, esse processo reduz a profundidade da represa, prejudicando sua capacidade de armazenar água e afetando a qualidade da água.
Após a conclusão desse estudo, o próximo passo é a abertura da licitação para a execução da obra.
Ao longo dos anos, a Prefeitura abriu pelo menos duas licitações para a contratação de empresas para a realização de estudo técnico para apontar qual serviço seria necessário para o desassoreamento da represa.
Em 2023, o chamamento público era no valor de R$ 77,8 mil e, em 2022, o valor era de R$ 56 mil, mas nenhuma empresa demonstrou interesse. Por conta disso, a Prefeitura decidiu, desta vez, pela contratação de uma empresa de forma direta, com dispensa de licitação.
Em 2007, um estudo realizado pela administração da própria empresa apontou que cerca de 3,5 metros de profundidade estavam tomados por terra, sobrando apenas 1,5 metro para a passagem da água. Na época, a obra para recuperar a capacidade da represa foi orçada em R$ 200 mil.