Após o portal GCN/Sampi publicar uma matéria informando que quatro em cada dez famílias recusam transferir seus parentes para hospitais públicos fora de Franca, o vereador Marcelo Tidy (MDB) ponderou que compreende as dificuldades financeiras e estruturais enfrentadas por algumas famílias, mas ressaltou que a transferência pode ser crucial para a saúde do paciente. “Uma decisão razoável pode salvar a vida de quem se ama.”
Segundo a secretária municipal de Saúde, Waléria Mascarenhas, 64 pacientes (cerca de 44% do total) que estavam nas unidades de atendimento do município recusaram a transferência para hospitais de outras cidades em 30 dias, mesmo diante da incapacidade da Santa Casa de Franca de absorver toda a demanda local por absoluta falta de leitos.
“Às vezes, essa pessoa não tem condições de sair da cidade, porque, para ir a outro município, ela precisará acompanhar seu familiar por três, quatro ou cinco dias. Aí fica a pergunta: como ela vai se alimentar? Onde fará sua higiene pessoal? É todo um transtorno”, disse Tidy, durante o uso da Tribuna.
Ao final do período da manhã da sessão ordinária desta terça-feira, 22, o vereador participou do programa A Hora É Essa!, da Rádio Difusora, onde comentou sobre o tema. Para o jornalista Corrêa Neves Jr., o parlamentar afirmou que a Secretaria Municipal de Saúde precisa de um profissional para orientar as famílias sobre a qualidade dos atendimentos prestados em outros municípios e o impacto positivo que isso pode causar no tratamento do paciente.
“Que ela (Waléria Mascarenhas) tenha alguém que converse com essas pessoas, porque, às vezes, elas estão desesperadas. E, se houver um diálogo de convencimento de que ir para uma unidade, como em Ituverava, Pedregulho, Patrocínio Paulista ou qualquer outro município, é o melhor, ela será bem acolhida”, pontuou.
Ao negar a vaga disponibilizada pelo Estado, o paciente precisa ser reinserido no Siresp (Sistema Informatizado de Regulação do Estado de São Paulo), antigo Cross, e a análise para nova transferência dependerá da gravidade de seu estado de saúde e da disponibilidade de vagas.
Não há fila cronológica tradicional, já que a classificação se baseia em critérios médicos, como o grau de risco do paciente.