A palavra “espera” tornou-se comum quando se fala em saúde em Franca. Os pacientes esperam por vagas, enquanto os governantes esperam pela entrega do Hospital Estadual. Em entrevista ao programa “A Hora É Essa!”, da Rádio Difusora, nesta quinta-feira, 17, comandado pelo jornalista Corrêa Neves Jr, o prefeito Alexandre Ferreira (MDB) também “espera” — ou, pelo menos, torce — para que uma OSS (Organização Social de Saúde) de renome assuma a gestão do hospital. A preferência, segundo ele, seria por instituições de referência, como o Albert Einstein, o Sírio-Libanês ou o Pio XII, que já administra o Hospital do Amor, em Barretos.
“O Estado deve lançar, penso eu, em até dois meses, um processo de três meses para a escolha da entidade que gerenciará e operará o hospital. Torcemos para que seja um Albert Einstein, um Sírio-Libanês ou um Hospital do Amor (...) esperamos que venha um grupo novo, com gente nova, que pense diferente, que pense em saúde de forma mais proativa, humana e acolhedora”, disse o prefeito.
Alexandre projeta que o Hospital Estadual comece a funcionar no segundo semestre deste ano. Para que isso seja possível, além das obras no prédio — que são de responsabilidade do Governo do Estado —, a Prefeitura de Franca está realizando melhorias na infraestrutura da região para viabilizar o funcionamento do hospital.
"O hospital consome 5 kW de energia elétrica, enquanto o Noêmia e o Santa Hilda (juntos) consomem 4 kW juntos. Precisamos ajustar, fazer alguns ajustes, para trazer da subestação (de energia) da Chafic Facury direto para o hospital. A saída de esgoto também já está preparada. Já conversamos com a Sabesp e já organizamos isso também. Além disso, temos a obra de drenagem de água de chuva, que sairá do lado de baixo do São Vicente", detalhou.
O prefeito enfatizou, durante a entrevista, que o novo hospital não é uma "substituição" dos serviços da Santa Casa, mas sim um "acréscimo". "Vamos dobrar a oferta de leitos hospitalares na região a partir do novo hospital, que continuará comprando quase 100% dos serviços da Santa Casa. Hoje, a Santa Casa, se não me engano, 95% a 98% dos seus serviços são para o SUS (Sistema Único de Saúde)."
Em seguida, ele elogiou o trabalho realizado pela instituição filantrópica. "A Santa Casa continuará sendo prestadora de serviços. A Santa Casa presta um serviço bem feito à população".
Alexandre afirma que o Hospital de Estado resolverá a falta de leitos hospitalares. "O problema é sair do pronto-socorro e ir para a internação na Santa Casa. Esse acesso, quando há serviço, é de qualidade nessa área", finaliza.