26 de abril de 2025
Logo Header
PESQUISA

Alexandre é aprovado por 64,2%; Câmara tem reprovação de 58%

Por Corrêa Neves Jr. | Editor do GCN/Sampi
| Tempo de leitura: 5 min
Reprodução
Capa da Notícia
Esq. para a dir.: vereadores reunidos em sessão; prefeito Alexandre Ferreira em reunião de trabalho; Daniel Bassi, presidente do Legislativo; protesto na Câmara

O prefeito Alexandre Ferreira (MDB) e os vereadores completam 100 dias de mandato com avaliações diametralmente opostas, considerada a opinião da população. Enquanto a administração municipal, comandada por Alexandre Ferreira (MDB), alcança 64,2% de aprovação, os vereadores têm desempenho significativamente inferior, com apenas 35,8% de resultado positivo.

Os números fazem parte da pesquisa de avaliação de governo e de desafios da cidade encomendada pelo portal GCN/Sampi junto ao instituto Ágili, o mesmo que fez os levantamentos do período eleitoral com grande grau de precisão.

Foram realizadas 575 entrevistas entre os dias 31 de março a 3 de abril com moradores de Franca, maiores de 16 anos, estratificados por sexo, idade, região, escolaridade e nível de renda. A margem de erro é de 4 pontos, para mais ou para menos, e o intervalo de confiança é de 95%. A pesquisa foi custeada com recursos próprios pelo GCN.

Governo Alexandre tem razões para comemorar


A administração Alexandre Ferreira tem avaliação positiva em praticamente todos os públicos, independente do sexo, idade, região de residência, escolaridade e nível de renda. 

A aprovação é ligeiramente superior entre os homens (64,6%) quando comparada à das mulheres (63,9%). Nas faixas etárias, o melhor desempenho está entre os jovens de 16 a 24 anos (70,4%) e entre o público que tem entre 45 e 59 anos (69,5%). O desempenho menos favorável é verificado nas pessoas com idades de 35 a 34 anos (58,3%).

Nos níveis de escolaridade, o melhor desempenho está entre os que têm apenas o Fundamental (68%), seguido por quem tem o Superior (64,3%) e o Médio (62,9%).

Os moradores das regiões Sul (70,9%) e Centro (70,5%) são os mais satisfeitos com o governo Alexandre Ferreira, enquanto quem reside na Zona Leste está bastante insatisfeito. É um dos únicos dois púbicos em que aprovação e reprovação são equivalentes (49,2%).

Nas faixas de renda, a aprovação é positiva e semelhante nos grupos que ganham até dois salários-mínimos (65,8%); de 2 a 5 salários-mínimos (65,3%) e entre 5 e 10 salários-mínimos (66,1%). Aparentemente diferente do senso comum, os mais ricos, com renda superior a 10 salários-mínimos mensais, são os mais insatisfeitos, com apenas 46,7% de aprovação à gestão de Alexandre Ferreira, número idêntico aos que reprovam o governo neste grupo.

No geral, o governo Alexandre Ferreira é aprovado por 64,2% da população e reprovado por 31,9%. Não sabe ou preferiram não responder 3,9% dos entrevistados.

O instituto Ágili também pediu aos entrevistados que classificassem a administração municipal segundo os conceitos de “ótima”, “boa”, “regular”, “ruim” e “péssima”.

Os resultados são também bastante positivos. Consideram a gestão de Alexandre “ótima” 5,8% dos entrevistados; enquanto 39,9% a avaliam como “boa”. Cerca de 34,1% acham que a administração é “regular”. Apenas 8% dos entrevistados dizem que a gestão é “ruim” e 11,4%, “péssima”. Não soube ou preferiu não responder 0,7% dos entrevistados.

Na prática, enquanto 45,7% consideram o governo municipal “ótimo” ou “bom”, apenas 19,4% o classificam como “ruim” ou “péssimo”. Há duas vezes mais gente satisfeita com a administração do que insatisfeita.

A pesquisa também mediu o grau de confiança da população no prefeito Alexandre Ferreira, atribuindo notas de 0 (nada confiável) a 10 (muito confiável). A média final foi 5,8, o que pode ser explicado pelo estilo pessoal pouco diplomático. As notas que receberam maior número de avaliação foram 8 (19,7%) e 7 (19%). Cerca de 9,2% dos entrevistados atribuíram nota 0 ao prefeito, enquanto 6,3% deram a Alexandre uma nota 10.

Vereadores tem muitas razões para se preocupar


Se os números são positivos para o Executivo, a realidade é bem distinta quando a avaliação é sobre os vereadores. Apenas 35,8% da população aprova o trabalho da Câmara Municipal, enquanto 58,9% dos entrevistados reprovam o desempenho dos vereadores. Não sabem ou preferiram não responder 5,3%.

As mulheres (65,4%) são as mais insatisfeitas com o trabalho da Câmara, enquanto os homens se equilibram entre os que reprovam e aprovam (44,7%).

Os grupos que têm de 35 a 44 anos (65,5%) e acima de 60 anos (62,5%) são os que mais reprovam a Câmara. Nos níveis de escolaridade, os que têm ensino superior (64%) são os mais críticos. Quando o critério é o local de residência, os moradores do Centro (72,1%) são os mais descontentes, enquanto os habitantes da Zona Oeste se dividem, em igual número (45%), entre os que aprovam/reprovam o trabalho dos vereadores.

Nas faixas de renda, uma curiosidade. Praticamente todos os grupos reprovam a Câmara, seja os que ganham até 2 salários-mínimos (62%), quem tem renda entre 2 e 5 salários-mínimos (55,2%) ou no público com renda entre 5 e 10 salários-mínimos (68,8%). A exceção são os mais ricos, com renda mensal acima de 10 salários-mínimos, o único segmento onde a aprovação (66,7%) da Câmara é superior à reprovação (33,3%).

Quando o critério de avaliação é classificar o trabalho da Câmara Municipal em “ótimo”, “bom”, “regular”, “ruim” ou “péssimo”, o resultado também não é bom para os vereadores.

Apenas 2,7% dos entrevistados classificam o trabalho como “ótimo” e 20% como “bom”. Cerca de 40,9% classificam o desempenho como “regular”, enquanto 14,8% dizem que é “ruim” e 14,6% avaliam como “péssimo”. Não souberam ou preferiram não responder 7,1% dos pesquisados.

No geral, 22,7% dos entrevistados consideram o trabalho dos vereadores como “ótimo” ou “bom”, enquanto 29,4% avaliam o desempenho como “ruim” ou “péssimo”.

O grau de confiança da população no trabalho dos vereadores também é baixo. Cerca de 20,2% dos entrevistados deram nota 5; 14,8% atribuíram nota; apenas 2,9% afirmaram que o trabalho merece nota 10. A média ficou em 4,6.