Estado de greve entre os servidores públicos municipais! Sem nova proposta de reajuste salarial da Prefeitura de Franca, que pretende repor apenas a inflação, a categoria decidiu pelo estado de greve na assembleia deste sábado, 22, na sede do Sindserv (Sindicato dos Servidores e Empregados Públicos Municipais de Franca e Região).
A administração municipal e o sindicato se reuniram na sexta-feira, 21. O Executivo manteve a proposta e segue oferecendo apenas 4,87% de reajuste, cobrindo a inflação de 1º de março de 2024 a 28 de fevereiro de 2025, sem aumento real.
O sindicato apresentou a proposta da Prefeitura na assembleia deste sábado. Cerca de 150 trabalhadores participaram do encontro e a rejeitaram. Sem acordo, a categoria decidiu entrar em estado de greve — condição de preparação para uma greve.
"Cumpriremos todos os ritos e aguardaremos uma posição da Prefeitura. Se, no decorrer do tempo, ela nos chamar para alguma reunião ou nos apresentar alguma posição (cancelaremos a greve). Caso contrário, quando estivermos todos organizados, poderemos entrar em greve", disse o presidente do Sindserv, Fernando Nascimento.
Segundo Nascimento, cartazes sobre o estado da greve serão fixados em todos os prédios públicos. Se não houver acordo, uma nova assembleia será realizada para decidir se a greve dos servidores municipais ocorrerá. A categoria é formada por mais de 5,3 mil trabalhadores.
Apesar de não haver acordo entre Prefeitura e sindicato, o projeto de lei sobre o reajuste salarial e dos benefícios está pautado para votação na próxima sessão ordinária da Câmara Municipal, na terça-feira, 25.
O texto propõe reajustar os salários em 4,87%, sem aumento real. A administração municipal ofereceu 5% de aumento no vale-alimentação, passando dos atuais R$ 986 para R$ 1.036, e no abono escolar, de R$ 367,65 para R$ 386,04 em 2026. Além disso, a manutenção das seis faltas abonadas por ano.
O projeto é o mesmo que a Prefeitura de Franca tentou colocar em regime de urgência para votação na sessão ordinária de terça-feira, 18. No entanto, para que ele tramitasse em urgência, eram necessárias dez assinaturas — número que a base governista não conseguiu alcançar. Desta forma, o texto, que repunha apenas a inflação, não foi votado.
Os valores estão abaixo dos reivindicados pelo Sindiserv. A categoria solicitou um aumento real de 4,13%, além da inflação de 4,87%, totalizando um reajuste de 9% no salário. Para o cartão-alimentação, é solicitado o valor de R$ 1.340. Os sindicalistas concordam com o reajuste de 5% no abono escolar, mas reivindicam a criação de um vale-refeição no valor de R$ 15 por dia trabalhado.