A Farmácia de Alto Custo, em Franca, é alvo de reclamações dos pacientes que dependem do órgão do Governo do Estado de São Paulo para se tratarem. Nas últimas semanas, as queixas se intensificaram. Francanos vivem a angústia de viver com a falta das medicações que precisam fazer uso diariamente.
Jacinto Antonio de Araújo Sousa, de 67 anos, é um desses pacientes. Ele passou por um transplante de rim e necessita de uma medicação específica para que não tenha rejeição. Segundo sua mulher, Niuza Aparecida de Morais Sousa, de 59 anos, já faz três semanas que a medicação está em falta. O remédio é o micofenolato sódico de 360mg e, ainda segundo ela, não está disponível para compra, somente para retirada na Farmácia de Alto Custo.
“Estive lá semana passada para pegar a medicação que meu marido não pode ficar sem, e está em falta. Liga lá, eles falam para ligar semana que vem. Não é vendido em farmácia, só pega na Farmácia de Alto Custo. [...] É muito difícil. A pessoa depende da medicação e não está tendo”, contou Niuza.
Outro caso é o de Altair Barbosa, de 61 anos. Segundo sua mulher, Neusa Francisca da Silva Barbosa, de 64 anos, Altair sofreu com dois AVCs (Acidente Vascular Cerebral) há cinco anos. Após seis meses, teve uma trombose e precisou amputar a perna. Desde então, ficou acamado, utiliza fralda e se alimenta por sonda.
A dieta alimentar do homem é a base da fórmula padrão para nutrição enteral e oral Trophic Soya 1.5. Neusa conta que seu marido recebe 20 unidades da alimentação por mês, mas, no último mês, recebeu somente 10 e a justificativa seria que o produto está em falta.
“Fui buscar as dietas dele e só ganho 20 por mês, ainda só deram a metade. Muito difícil uma pessoa que se alimenta todo dia não ter o alimento.”, relatou Neusa.
A Farmácia de Alto Custo foi contatada e, até a publicação desta matéria, não havia se posicionado.