A Prefeitura de Franca realizou, na noite desta quarta-feira, 12, uma audiência pública para apresentar os resultados do estudo sobre o transporte público da cidade. O evento aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Educação e contou com a presença de usuários, autoridades e técnicos da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), empresa responsável pela realização do levantamento.
Uma minuta do edital (com explicações técnicas do estudo) será publicado em 2 de abril. Cerca de dez usuários do transporte público compareceram à discussão.
Entre os principais pontos abordados, destacam-se a redução da tarifa, o aumento da frota e a ampliação da oferta de horários, principalmente nos períodos noturno e nos fins de semana.
O estudo contratado pela prefeitura, ao custo de R$ 1,1 milhão, apontou a possibilidade de reduzir a tarifa dos ônibus para R$ 4,00. Atualmente, o valor da passagem é de R$ 5,00. A redução é possível caso a administração municipal subsidie R$ 22,3 milhões.
Além da redução da tarifa, a manutenção das gratuidades foi confirmada, garantindo que idosos, estudantes e outros grupos continuem isentos, total ou parcialmente, do pagamento da passagem.
A nova licitação do transporte público trará melhorias na frota e no número de viagens. Entre as principais mudanças, destacam-se:
A nova modelagem contratual também prevê regras mais rígidas para garantir a qualidade dos serviços prestados. Entre os principais pontos do contrato estão:
Mesmo com a apresentação das melhorias, autoridades e usuários do transporte público manifestaram preocupação sobre o novo modelo.
A vereadora Marília Martins (PSOL) destacou a necessidade de controle mais efetivo sobre a empresa responsável pelo serviço. "É preciso cobrar empresa verdadeiramente, com fiscalização efetiva", afirmou.
Já o vereador Gilson Pelizaro (PT) criticou a falta de planejamento voltado para a sustentabilidade do transporte coletivo. "Não é possível que não se pense em sustentabilidade nesse projeto. Não foi apresentada nenhuma tentativa de inovação, como ônibus elétricos, por exemplo", declarou.
Em resposta, os representantes da ANTP explicaram que a fiscalização caberá à Prefeitura e que a sustentabilidade está prevista, mas não neste primeiro momento. Eles também afirmaram que, no futuro, nada impede que ônibus elétricos sejam incorporados ao sistema.
O edital trará todas as especificações debatidas na audiência pública, além de dados adicionais sobre a concessão. A previsão é que o novo contrato entre em vigor ainda este ano.