Ana Laura Garcia dos Santos, de 27 anos, moradora do bairro Santa Terezinha, na região Norte de Franca, está aguardando cirurgia há três meses e meio na rede pública para retirar um cisto no ovário esquerdo.
Em agosto de 2024, Ana começou a sentir muitas dores na barriga. Quando foi ao hospital, foi internada após suspeita de apendicite. Quatro dias depois, os médicos descobriram que se tratava de um cisto de 3 centímetros no ovário. Outro ultrassom foi realizado no mês seguinte e constatou-se que o cisto já estava com 7 centímetros.
"O último ultrassom que fiz foi em janeiro e mostrava 8 centímetros. E as dores só pioram. Às vezes estou bem, e do nada a dor vem muito forte e só o tramal a alivia. Neste mês, já fiquei dez dias sem trabalhar; em janeiro fiquei cinco dias e em dezembro fiquei cinco dias também", disse.
Em novembro de 2024, sentindo fortes dores diariamente, Ana resolveu ir ao ginecologista. O médico a colocou na fila para cirurgia e recomendou o uso de anticoncepcional para diminuir o tamanho do cisto. No entanto, isso não adiantou.
"Estou indo ao pronto-socorro quase todos os dias. Se puxarem minha ficha, verão que fico no hospital direto e eles não têm uma posição. Medicam-me e mandam-me para casa. Estou ficando sem ir trabalhar. Estou a ponto de perder o emprego por conta disso. Preciso realizar a cirurgia urgentemente", afirmou.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que o pedido de ooforectomia/ooforoplastia, procedimento cirúrgico para a retirada do ovário e da lesão contida em seu interior, da paciente foi protocolado como procedimento eletivo (sem caracterização de urgência) em 4 de novembro de 2024 e aguarda a liberação de vaga, respeitando a ordem cronológica e os critérios de prioridade.