Na manhã desta sexta-feira, 14, um vídeo foi divulgado nas redes sociais onde passageiros que estavam em um ônibus da empresa São José, em Franca, reclamaram da lotação do veículo. A linha seria o trajeto até a Unifran (Universidade de Franca) e contava com uma grande quantidade de jovens e, também, idosos no meio de transporte.
Uma mulher, que não foi identificada, fala no vídeo que a situação pela qual passam os passageiros chega a ser "desumana".
“Gente, esse espaço no ônibus é desumano. Isso não tem cabimento para o ser humano, para nós que dependemos do ônibus para ir para o trabalho todos os dias. Isso é desumano! Não pode acontecer. Basta! Nós somos seres humanos, não somos porcos!”, expressou a mulher.
Na sequência do vídeo, os passageiros aplaudiram a declaração e seguiram falando sobre a lotação, relatando que, no momento em que o vídeo estava sendo gravado, pessoas teriam acabado de descer no Terminal Ayrton Senna e, mesmo assim, o ônibus continuava cheio.
A São José, por meio de nota, alegou que o vídeo foi gravado em horário de pico e a situação retratada é algo tecnicamente normal de acontecer nestas condições.
“A São José esclarece que o vídeo foi gravado em horário de pico, período em que existe uma maior concentração de usuários, situação considerada tecnicamente normal em todos os meios de transporte coletivo em nível mundial (trens, metrôs, ônibus etc)", disse.
"Em relação ao vídeo específico, filmado na linha da Unifran, com saída às 6h30, informa que o veículo da linha 128 - Unifran, tem capacidade permitida para transportar 77 pessoas, das quais 41 sentadas e 36 em pé. Como a concessionária utiliza tecnologia que permite aferir a quantidade de usuários transportados, informa ainda que foram transportados 69 passageiros no horário, ou seja, inferior ao permitido".
"Esclarece também que existe mais um horário, o das 6h35, linha 115 - Elimar via Unifran, cujo veículo tem a mesma capacidade do anterior e que o mesmo foi utilizado por 56 pessoas. O uso de tecnologias modernas permite que os dados do Centro de Controle Operacional (CCO) da São José sejam utilizados para fazer os ajustes necessários, conforme a demanda existente. A concessionária permanece à disposição para todos os esclarecimentos que se façam necessários”, concluiu.