Uma mulher de 32 anos foi presa por tentar matar o próprio filho, uma criança de 8 anos, no KM 6 da rodovia Jorge Luís, que liga São José da Bela Vista a Nuporanga. Ela tentava jogar a crianca na frente dos carros que passavam pela estrada. Motoristas conseguiram evitar o atropelamento. A mulher foi presa em flagrante, e o filho permanece sob a guarda de um responsável legal.
Segundo uma testemunha, a mulher bateu no rosto do filho e o empurrou na frente dos veículos que passavam pela rodovia. Os condutores, ao verem a cena, desviaram, evitando o atropelamento. Antes de ir para a rodovia, a mulher deixou uma carta de despedida para a mãe, expressando seu desejo de tirar a própria vida.
“Bom, hoje vou fazer o que deveria ter feito há muito tempo: vou embora deste mundo onde nunca tive amor, nunca fui aceita. Estou totalmente lúcida, e meu filho vai comigo, a única coisa que tenho”, escreveu a mulher no início da carta.
Ao longo da carta, a mulher fez um pedido: "Não faça velório, nem para mim e nem para o meu filho".
Um dos irmãos da mulher encontrou a carta e pediu para uma amiga da família procurá-la. Ao encontrar a mulher e o filho andando pela rodovia, a amiga parou o carro e tentou intervir, mas entrou em luta corporal com a mãe, que a empurrou, junto com o filho, para a rodovia. O atropelamento foi evitado por um motorista que conseguiu desviar.
A Polícia Militar encontrou a mulher andando de forma desorientada pela rodovia. Ela estava completamente alterada, gritava o tempo todo e alegava que não adiantava impedir sua ação. Só foi controlada pelos policiais, que conseguiram algemá-la. “Ela gritava muito, afirmando que nada iria contê-la, e que ela iria se matar e levar o filho junto”, relatou uma testemunha.
Os policiais levaram a mulher para o pronto-socorro para entender o ocorrido e tentar acalmá-la, mas nenhuma medicação foi eficaz. O filho foi atendido e observado enquanto chorava, assustado, dizendo que não queria ser entregue à mãe.
Apesar de medicada, a mulher não apresentou melhora e continuou afirmando que iria se matar. Diante da situação, ela foi presa em flagrante. Contudo, devido à sua instabilidade psiquiátrica, foi solicitada uma vaga no Hospital Psiquiátrico Allan Kardec, em Franca.