O serviço de transporte coletivo em Franca tem sido alvo de muitas críticas pelos usuários nos últimos meses. Passageiros reclamam de diminuição significativa na oferta de horários desde o Natal e nesse período de férias escolares. As queixas também apontam longos intervalos entre as viagens, resultando em superlotação e atrasos, e que linhas deixaram de atender em alguns bairros.
Em virtude desse quadro, o deputado estadual Guilherme Cortez (Psol) protocolou uma representação ao Ministério Público de Contas, órgão vinculado ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo, para investigar a redução no número de viagens realizadas pela empresa responsável pelo serviço na cidade.
Na representação enviada ao MPC-SP, Guilherme Cortez pede que o órgão investigue possíveis irregularidades no contrato de concessão firmado pela São José com o município de Franca, exigindo a rescisão contratual caso sejam comprovadas.
Além disso, o documento requer que a empresa seja intimada a prestar esclarecimentos e apresentar documentos comprobatórios das ações tomadas para sanar os problemas enfrentados pela população francana.
“Os moradores de Franca pagam uma das tarifas mais caras do Brasil, mas historicamente enfrentam atrasos, veículos sem manutenção, linhas insuficientes para a demanda e redução na frota”, afirmou Cortez. “É inadmissível que um direito essencial funcione de forma tão precária devido à incapacidade da empresa em garantir um serviço adequado”.
O parlamentar também reforçou a necessidade de maior fiscalização por parte da Prefeitura para garantir que o serviço público atenda à população com qualidade e transparência. “Até quando vamos continuar refém de uma empresa que prejudica os passageiros?”, questiona.
Nova licitação