Uma história de amor destruída pela violência.
A operadora de caixa Laryssa Cristina Agostinho dos Santos, de 21 anos, encontrada morta na manhã da última segunda-feira (16), em uma área de mata em Caraguatatuba, vivia um sonho ao lado do namorado, com quem mantinha um relacionamento havia seis anos, desde os tempos da escola. Ela dizia à família que o namorado, que está arrasado com a morte da amada, era o "amor da sua vida". Um suspeito foi preso pelo crime.
Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp.
Laryssa havia desaparecido na noite de sábado (14), quando deixou o trabalho, em um supermercado, e seguiu a caminho de casa. A OVALE, a mãe de Laryssa comentou que a filha sonhava se formar enfermeira, trabalhar e conseguir comprar uma casa. Além disso, a jovem sonhava se casar com o amado e construir ao lado dele a sua família.
"Os dois viviam juntos, ele está sem chão arrasado, a amava muito. Tinham muitos planos juntos. Os olhos dela brilhavam quando falava dele, ela queria casar e ter a casinha com ele. Sonhos desfeitos por um monstro, é uma dor sem fim", afirmou a mãe de Laryssa, Shirlei Cristina. "Ela começou a fazer curso de enfermagem, porque ela sempre falou que ia trabalhar para compra uma casa, casar com o namorado, que era o menino de ouro dela", completou.
Laryssa era chamada pela mãe de princesinha e anjinho. A jovem trabalhava em um supermercado e sonhava ser enfermeira, para trabalhar e comprar uma casa para a mãe.
Ao saber da prisão do suspeito de matar a sua filha, Shirlei afirmou que deseja olhar nos olhos dele e saber o porquê de tamanha atrocidade. "Deveria ter pena de morte para o monstro que matou a minha filha", afirmou Shirlei a OVALE.
O suspeito, um homem de 21 anos, foi preso na tarde desta terça-feira (17), por policiais militares, e levado à delegacia, onde foi interrogado e negou o crime. Ele teve a prisão temporária de 30 dias decretada pela Justiça.
"Eu quero ver ele, só ver, queria um minuto com ele, falaria por que ele fez isso com ela e, dependendo do que ele falasse, grudaria na garganta dele. [Queria] que ele confessasse e falasse se tinha mais alguém com ele, porque ele sozinho não conseguiria machucar a minha filha daquele jeito. Monstro. Deveria ter pena de morte para esses monstros, a lei no Brasil é muito fraca, tinha que ter pena de morte", afirmou a mãe.
"Quero Justiça, eu sei que não vai trazer minha filha de volta, mas que esse monstro não faça com mais ninguém".
O corpo de Laryssa foi enterrado na terça-feira, às 14h, no cemitério do Indaiá. Ela foi encontrada seminua em uma área de mata no bairro Jaraguazinho.
O caso foi registrado como homicídio e é investigado pela Polícia Civil.
"A vítima estava parcialmente despida, com a parte inferior do corpo nua e a parte superior vestida apenas com um sutiã rosa. O pé esquerdo estava calçado, enquanto o direito estava descalço. De imediato, a equipe policial preservou o local do crime e acionou a Autoridade Policial e a equipe de perícia", diz trecho do boletim de ocorrência.
A última imagem de Laryssa com vida foi captada no sábado, por uma câmera de vigilância, que mostrou a jovem saindo do trabalho e seguindo na direção do bairro, por volta das 22h15. Como ela não chegou em casa, a família registrou um boletim de ocorrência de desaparecimento. O telefone da jovem estava fora de área.
O corpo foi encontrado pelo tio do namorado da jovem. Policiais militares patrulhavam a região, em busca de pistas sobre Laryssa, quando foram abordados pelo tio do rapaz.
"Durante o patrulhamento pela avenida Presidente Campos Sales, altura do n.º 1270, foram abordados por V.A.B., que se identificou como tio do namorado de Laryssa. V. informou que havia localizado o corpo da jovem em uma área de mata próxima e indicou o local aos policiais", diz outro trecho do boletim de ocorrência.
A perícia esteve no local em que Laryssa foi encontrada, em busca de pistas. O corpo foi levado para o IML (Instituto Médico Legal). A Polícia Civil investiga o caso, registrado como feminicídio.